Igrejas e relógios

A vida é uma dança
E eu não sei os passos

Ideologias e fardas

A vida é uma dança
E eu não sei os passos

Corpos subversivos

A vida é uma dança
E eu não sei os passos

Clandestinos atos

A vida é uma dança
E eu não sei os p

Contra o tempo
Tempo passado
Vivido e perdido
Contrato

Ação do momento
Que me remete ao passado
Vivido
Futuro pensado

Passado
Presente marcado
Passado
Futuro pensado
Passado
Vivido
Passado
Futuro pensado
Passado, passado, passad

Não estamos construindo nada
Só estamos destruindo tudo

Diante dos alvos
Percorro a violência
Pensamentos inflamados
Sentimentos fragmentados

Duas Coreias, duas plateias
No palco sangue
Luzes são rajadas, roupas são fardas
Mas só armas não

Vivendo de escolhas
Rumos que não compreendo
Tormento
Mas tento ainda, mas tento ainda

Tento escapar pra variar
Do que me é imposto
Do que nem sinto
Desgosto

O cotidiano selvagem
Domesticado, já não me atinge
E eu finjo escolhas
Eu finjo, eu finjo<

Passos atrasados
Correndo por caminhos incertos
Interligados por números
Eterno vazio

Em estilhaços
A luz no fim do túnel se apaga
Me desfaço em pedaços
Eterno vazio

Caminhando pra trás
Pro abismo atrás do tempo
Sempre correndo atrás de frustração

Sinto o cheiro
Percebo o medo
Vejo a violência

No passo do relógio
Trabalhar, trabalhar

Produzir
O que não se consome
Consumir
O que não se precisa

Falsas necessidades
Sonhos fabricados

Quantas vezes eu fugi
Sem sair do lugar
Quantas vezes eu não
Estava lá

Eu vi a morte
Aonde estou?
Quantas vezes eu pulei
E nada mudou!

Nesse espaço vazio
Me vejo explodir
Cada momento que passa
Não me sinto aqui

Quantas vezes eu fugi
Sem

O alvo é o início da queda
E decidimos não seguir

Impróprio necessário
É a capacidade de desistir

Passo
Descompasso, faço
Disparos passados
Alucinação

Saio
Segundos atrasados
Sozinho sem você
Alucinação

Se não podemos ser o início
Então sejamos o fim

Estamos nos enterrando
Numa desgraça
Só nos restam os cacos

Comida
Substantivo abstrato
Liberdade não é o nosso caso