Pode levar o que quiser, já não me importo
Pois o seu tudo é o meu nada e o seu muito é muito pouco para mim
Você diz que não entende e eu digo o que há para entender?

Dizem que sou livre mas me julgam a todo o momento
Todo o momento é um tormento
Quando não se tem tempo

Do primeiro ao vigésimo cigarro
Do início ao fim da viagem
De julho ao Rio de Janeiro
Da calma ao intenso desespero
Quando canta me encanta
Me envenena quando fala
Suas palavras são como navalhas
Que retalham o meu coração

Dias se vão, dias me vem
E não um d

Sentimentos obscuros esclarecem minha mente
Que já não entende o igual que acha ser diferente
Que por achar ser diferente acha que é melhor
Do que alguém que não acha mas sabe que é considerado menor

É tão bonito quando uma mesma palavra
Aparece repetida numa mesma frase

Ando sozinho pelas ruas
Minhas botas de camurça
Deslizam pela chuva
E não tenho fones de ouvido
Para caminhar ouvindo
Meus discos preferidos

Meus óculos escuros escondem
A tristeza estampada
no azul dos meus olhos que distantes se escondem
Desejam, imploram

Disse que iria e ainda vou
Largar você
Não pergunte quando e nem por quê
Não é algo para se entender
Quando se ama sozinho, se sofre sozinho e é sozinho

Que irei embora
Por um ano, um dia, uma hora
Não importa
Mas baterei aquela porta
Irei embora assim como