Cyran fez pra gente uma ciranda.
Cyran faz a gente balançar.
Cyran parecendo uma criança.
Cyran de volta pro seu lugar.

Cyran pediu saúde a "papai-do-céu".
Cyran quer ver esse povo de mãos dadas.
Ele tem fé e me diz: "se Deus quiser,
A minha gente não vai mais ser h

No meu cérebro crepita
Uma dúvida martelo,
Minh´alma se agita aflita,
Tragédia graga desdita
Flagelo, dor, pesadelo

Arranca os meu cabelos
E como se fosse praga
Adaga nos cotovelos,
Golpeia meu cerebelo,
O meu coração esmaga.

Será que ela me ama
E

Ecoou em convulsivos ventos
O que o tempo não soube calar
A liberdade que se revela
Aliada ao que faz dançar
Levou toda essa gente pra ela
Embolados sobre o luar
Ecoou nas infinitas terras

Sou cabocolo-afro-banto-portenho (brasilis)
De chinelos soltos pelo ar

No âmago da floresta,
Cuidado, a formiga preta!
A formicida do medo,
O ácido fórimo é letra.

Uma mata que de tanto
Atlântico virou mar.
O mar que virou floresta,
Que de ver, de a gente olhar.

A fumaça do cigarro
Faz a cigarra cantar.
Nosso amigo passar

Era espinho,
Era flor de mandacarú,
Era cerca no céu,
Urubu esperando só eu morrer.

Era seca,
Era o barro velho quebrado
Não tinha mais palma nem gado,
Só jurema conseguil viver.

Só pra você ver em que tempo
Eu resolvi nascer,
Num tempo em que nada nas

Pensar no caminho de volta pra casa,
Não é só pensar na volta,
Não é só pensar...
É distante aquela terra
E eu nem sei nada dela.
Não sei das suas entranhas,
Não sei das suas mulheres,
Não sei das suas matas,
Não sei dos seus cultos,
Apenas sei o seu nome.

Fui num forró na casa do véi Noronha,
Parente distante meu, tio-avô de prima Tonha.
O velho Noronha é um velho cachimbêro,
Não larga o fumo-de-rôlo, manda brasa o dia intêro
Mas prima Tonha que é muito zelosa
Cuida do velhinho, não deixa ele fumá,
Proibiu o velho de fumá

Penerou, penerou, penerou gavião
Nos ares para voar.
Tu belisca, mas não come, gavião,
Da massa que eu penerar.

Gavião, bicho malvado,
É tinhoso e aventureiro,
Mas da minha fina massa,
Gavião nem vê o cheiro.

Gavião passou voando
E na massa quis pousar.

Puxando o grilo
Para dentro da cabeça (legal!)
Vou pra Areia nesse nosso carnaval,
Sambar maracatu
Por tudo quanto é "quintá",
Subindo a rua ladeira da "catedrá".

Faz quatro dias que eu não paro de brincar.
Não te encontrei por quase nenhum lugar.
Volto pra casa

Amor que veio do mato,
Da sina e da rima que me chamou.
Amor, amor, amor, amor, amor.

Amor que quebra pedra
Transporta as montanhas e me tocou
Amor, amor, amor, amor, amor.

Olha bem o mar,
Endorfina do sonhar,
Tapete mágico que nos faz viajar.
Quero ver o

"Vam´imbora, Zé!"
Que prá Mangabeira tem muita ladeira
E pra chegar na feira tem que gastar pé.
Eu tô com desejo e hora não vejo
De cana com queijo e arrasta-pé.
E fazer zuêr, sem eira nem beira,
Subir a ladeira do Valentina.
Com pressa e carreira cabra, cabroeira

Andando debaixo do sol
Dormindo na loca da pedra...
Com uma energia pulsando
Aprendeu a dominar
O seu pife encantado
De taboca perfurada,
Juntou prato, tarol e zabumba
E danou-se a tocar...

E tome toré e tome toré
E tome toré e tome toré

E tome toré e