Ônibus Mágico

Longa jornada, comida escassa
O sol da meia noite ilumina a estrada
Fantasmas lá fora tentando impedir
Uma arma e a coragem são o que me faz sorrir
Nascido entre peixes esquecido em meio ao povo
Longe de mim não ocorre nada novo
O tempo que passo isolado do mundo
Me faz pensar em cada segundo

Um andarilho à beira da morte
Sem roupas ou aquilo que lhe trazia sorte
Isto não é mais apenas ficção
Apenas um jeito de fugir da multidão
Bússola ou acessórios não o guiavam
Lutando pela vida de uma forma desesperada
Pela primeira vez respira desimpedido
Apenas com ajuda do instinto olfativo

Antiga condição de vida
Mente insana sempre pifa
Querendo o que não se pode ter
Antiga condição de vida
Mente insana sempre pifa
Lutando com o que não pode ver

Quem sou eu? Eu preciso de um nome
Quem sou eu? Até onde cheguei?
Quem sou eu? Eu preciso de um nome
Quem sou eu? Até onde chegarei?

Peregrinando entre ruas imundas
Alguns trabalhos, pessoas moribundas
Um objetivo, uma missão
Um aroma para o mundo, uma história pra nação
Buscando liberdade, buscando autonomia
Fugindo da cidade, fora da monotonia
Cansado dessa vida, cansado de viver
Cansado dessas coisas que eu não preciso ter

Antiga condição de vida
Mente insana sempre pifa
Querendo o que não se pode ter
Antiga condição de vida
Mente insana sempre pifa
Lutando com o que não pode ver.