O Preço Da Lealdade

Anoiteceu,eu vou para rua,
Na cara o tempo gelado da brisa noturna.
O tempo da cidade grande é imprevisivel,
Hoje a tarde mó calor agora ta um puta frio.
Tá estranho o clima aqui na vila,
Ninguém na rua tio mó neblina.
Por um minuto tive um mal precentimento,
De estar sendo vijiado por alguem todo mundo.
Já vem na mente uma pá de fita,
A cena do fiat uno dobrando a esquina.
A cabrerage jáo trago comigo,
Até inocente sem dever toma tiro.
Eu vou chegar na rua de baixo,
Se pá eu trombo os cara no bar do vélho geraldo.
Ganhei de longe bote fechado,
Sai na rua nesse tempo é embaçado.
Do outro lado vem subindo uma senhora,
Faça sol faça chuva para ela nao importa.
Sofreu de mais hoje tem a recompensa,
Sempre fiel com deus numca deixou de ir pra igreja.
Barato é louco de deus to afastando,
Se pá é por isso que to meio pertubado.
"eai zoião"oh! estão me chamando,
Ficar maquinando o mal tá me chapando.

Orá,você memu se foragiu da vila,
Nada mano!to na sua captura tem uns dia.
Na casa ninguem atende e o celular só da caixa,
Você ai de chapéu desde a semana passada.
Qual é a fita tru,um malandro deixou falha,
Quem? se até liga o zoião da quebrada.
Óia que fita se não sabe o minimo,
No desbaratino te acuso de talarico.
A mina é noiva fugiu da mente o nome dela,
O malandro acendeu que se tava dando idéia.
Rasgando as madrugada no orkut msn,
Esquero pro noivo dela que quer bater de frente.
Falo que ce só sobe no palco pelo dinheiro,
Só que saber de venha noz e nada do vosso reino.
Disse também que os muleque que abraça tá iludido,
Que gangsta é dinheiro no bolso e cd vendido.
Na frente das mina esticou o chiclete,
Ficou deselegante, é memu muleque.
Atacado diz que só qué um pé e pá,
Quando ce escuregar ele vem cobrar,
Cuspiu na lealdade tru como vai ficar,
Vich lamentavel as quadrada vai cantar.

Eai rapaz como é que é, tá firmao,
Esse frio tá muito treta,oh! se é louco jão.
Onde se tá, to aqui na quebrada,
Daqui umas meia hora se pé vou para casa.
Então só te liguei pra te avisa uma fita,
Passou uns cara perguntando de você aqui na vila,
Quem um tempra preto insulfilmado,
Os maluco mó chavão naip de pé de pato.
Fica ligeiro em tio ai pra baixo,
Não esquece um tempra preto insulfimado.

A inveja mata disso eu sei,
Vai saber que é quem nessa terra sem lei.
O medo predomina mas não posso desistir,
Será que tudo isso é o começo do fim.
Suando frio atormentado,
Todo assustado batimento acelerado.
Nessas hora qualquer um é suspeito,
O ser humano é tenebroso e traiçoeiro.
Sai da neblina um gol véio cheio de massa,
O terror é um tempra preto então nao pega nada.
Todo apagado vem se aproximando,
Passo batido não nao to moscando.
Desarmado aqui sou inofencivo,
Já vem na mente a imagem do meu filho.

Cade a luz só vejo a escuridão,
O corpo tá fraco a mente a milhão.
Não vijiei dei espaço pro inimigo,
Agora to perdido no meio do labirinto,
O pensamento voltou la pro passado,
A senhora subindo a rua era um recado.
Me olhando sorrindo dizia,
"jesus te ama e que mudar sua vida".
Nem me apeguei pra mim não era nada,
Ontem um predador hoje sou a caça.
To vendo alguém se aproximando,
Tá tranquilo é um parceiro e dois mano.
É pro se ve isso sim que é amigo,
Mesmo correndo risco veio corre comigo.
Colo do lado falando sacou a arma,
Ai jão não esquenta se vim nós mete bala.
Um olhar frio desconfiado,
"ai tio se esqueirou a minha no bang que eu to ligado"
Não valeu nada ser leal o tempo inteiro,
Eu não acredito ele era me parceiro.