Migrantes
Fim de tarde, caminho de chuva manhosa
Sapatos de couro falso
E a vida no meu encalço procurando os meus motivos pra seguir no caminhar
Fé no longe, naquilo que não dá pra ver
Diante de cena horrível
Só me resta o invisível
Esperando o prometido que permite alguém sonhar
Vai, vai pular
Cada poça de chorar
Só por estragar os planos, pros sapatos não molhar
Vai, vai voar
Pelos becos do lugar
Nesse êxodo urbano a procura do seu lar
Vento forte, balanço que não tem menino
Cansaço de quem já manca
E meu coração sem tranca
Ansiando por descanso, uma rede pra deitar
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Publicado el: 2024-08-05 00:00:00 por panzas
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