Distrito
E se naquele tempo
Andando lá em cima
Se eu te olhasse pensaria: Não me veja agora
Naquele tempo de poeira no vento
Eu queria apenas me sentir mais forte
Hoje eu tenho os meus
E eles sabem quem são
Então não me arrependo de ter escolhido ficar
Um dia eu soube que te encontraria
E um dia eu saberei como te deixar
Mas por enquanto
Aqui mais ao sul
O meu desejo é um só
Me veja
Me veja agora
Me veja
Me veja agora
E agora eu sei que nunca te convenci
Você, esse candango se mudando sem parar
E meus joelhos tremiam e era
Desse jeito que seus olhos me desafiavam
Mas para mim sempre foi esse tormento
Sabia que nosso destino ia desmoronar
Depois do frio que fez nesse distrito
Lá no Centro-Oeste eu já não tenho amigo
Todo mistério que
Te envolvia e
Hoje é tão fácil de ver
Me veja
Me veja agora
Me veja
Me veja agora
Nem depois de toda a secura eu deixo de despejar esse sal por você
Atrás do que eu queria contigo ainda caminho de corpo em corpo
Projetando o seu em outro
Esse espectro não consegue enxergar a flor desse cacto
Mas ainda assim eu não perco o espinho do meu bolso
É preciso saber a hora de virar a página
Quando já não se vê molhado
Me parece que em você chove
E isso não deixa de ser mais uma lembrança do deserto
É um fato, um pedaço, um saco
Depois de todo esse tempo
Ficar histérico ainda
Parecendo cocaína
Cortado, sem ar, seco ainda
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