Código Penal - A Maloca
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- Published 2024-02-29 00:00:00
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- Código Penal
- A Maloca
- Translation by: panzas
A Maloca
Nos tiraram das senzalas,e nos jogaram nas
favelas,Periferias e quebradas.
Nos livraram das correntes,mais aí,aprisionaram nossas
mentes.
Hoje, não somos mais perseguidos por capitães do mato,
nem castigados no tronco com chibatadas.
Mas somos perseguidos pela polícia. Corremos nas ruas,
nos campos, nos presídios. De fome, frio na bala.
Então veja como está o meu povo sofre demais
Escravizados desde os ancestrais, há tempos sentem
muitas dores
Capturados, seu físico explorado, mas um espírito
guerreiro
Viva seu povo, ó grande "Oxum?
Não vai morrer a geração de negro (guerreiro)
Havia choro e sofrimentos lá no tronco. Viva seu povo,
ó grande "Oxum?
Não vai morrer a geração de negro (guerreiro)
Havia choro e sofrimentos lá no tronco.
Malandros, maloca, ma - maconheiros
Segura as pontas, moleque, malandragem, aqui é preto
Negro Zumbi, Malcon X, Luther King e outros guerreiros
negros que por aqui existem.
Eu vou dizer: Zumbi foi um guerreiro pela paz nessa
terra de gigantes quem é mais
Estamos concentrados no Centro-Oeste, a Cidade é
Planaltina, Quilombo DF, pode crer
Então segure a sua fissura, controle a sua loucura
Negros, pobres, rappers, pretos, malucos das ruas
Vivemos constantemente no meio da bandidagem
Falamos em nossas letras somente a verdade
Malocado nos mocós da cidade
Vivendo vigiado, vigiando os otários Civis, PMs,
policiais folgados
Esses pregos estão achando que atrasaram o nosso lado,
que nada
Estou aí, chegando, o nosso som ecoando mais pesados
que nunca então segura malandro
Muitos acharam que iriam nos derrubar, aqui é Código
Penal, é bom se ligar
Sou da maloca, maluco, só tem maluco
Sou da maloca, maluco, só tem maluco
O Brasil é um país cheio de preconceitos, isso pra mim
não é novidade há muito tempo
A polícia, racista, mata, mata mesmo, é uma merda
guerra fria
Sem estia pra quem vive no submundo, periferia
É na quebrada que o dedo aperta, o tambor gira
Tem maluco que vacila, pira, atira
Quando não mata, morre, vai preso, é assim mesmo
Quer tomar uma cerva, então beba
Quer fumar um bagulho, então acenda
Quer cheirar, cheire, fique muito louco do jeito que
você quiser, moleque doido
A consciência pro espaço, a alto-estima destruída, nem
se liga, já era um abraço
Então racistas que se **** explodam-se, vão tomar no
**
tô cansado de demagogia, pilantragem, patifaria
Confesso, detesto Playboyzada, burguesia
Sou da maloca, maluco, só tem maluco
Sou da maloca, maluco, só tem maluco.
Não vai morrer a geração, só escuro, mameluco, pode
vir perseguição
Que sobrevivemos a tudo, até a maldita escravidão,
no início do mundo veja o que gera
Só negros atualizados, prontos pra guerra enfrentamos
a qualquer miséria
E pode mandar polícia com armas de combate para
atirar
Invadir a nossa quebrada e bancar o desastre que vamos
continuar
Porque a maloca é grande, bem mais forte que antes
Expressão fulminante, ideologia nas mentes, atitude no
sangue
É só quem é negro sabe o que é a desigualdade
É só quem é negro sabe a origem da realidade
Sair dos porões dos navios para o calabouço do
sistema
Ser libertado das correntes, hoje aprisionados por
algemas
Mas somos fortes, "branquinho" corre, que o "preto"
vai atirar
Segura o verbo, pois o negro não morre, enquanto não
se libertar
Pois num mundo negreiro, sou mais um guerreiro com
sangue no olho (maloqueiro)
É fora da lei, mas justiceiro, canto pela paz, não
pelo dinheiro, veja só
Estou na favela, evolução da Senzala, não sei se é
melhor
População crucificada pelo sistema sem dó
Como Zumbi, vamos herdando a missão de Gangazumba
Lutando contra a aquisição, organizando a fuga
Valeu população negra, vencemos mais uma fase
Nos encontramos no próximo Quilombo dos Palmares
Sou da maloca, maluco, só tem maluco
Sou da maloca, maluco, só tem maluco
E você verá que a justiça do homem, falha, falha,
falha
Então confie mais em Deus, véio
Pois a justiça está em Ti
Não vai morrer a geração de negro guerreiro.
Havia choro e sofrimentos lá no tronco Não vai morrer
a geração de negro (guerreiro). Havia choro e
sofrimentos lá no tronco
Por favor, não maltrate esse negro
Esse negro foi quem me ensinou
Esse negro da calça rasgada, camisa furada
Ele é meu professor?
.
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