Aliciar Mentes
Como cimento
Se minto
Ao sentido sem antídoto

Dou autoridade
Ao autodidata
Um manjar dos deuses
Para manjados deuses

Bons costumes
Em maus curtumes
Na cartomante
Vi a carta ao amante

Contradições
Contra edições
Alucinan

Antônio, eu sou seu pai
Patrão, sou seu rei
Sou eu o seu algoz
Quero o seu suor

Antônio, é minha a tua voz
São meus seus raciocínios
Caminha em linha reta
Não descubra nada mais

Sou dono do teu nariz
Antônio, a tua grana eu invisto
Pra gerar divisas no

Perpasso tempos
Transgrido horários
Corro por campos descampados

Crateras planas
Pedregulhos macios
Desconexos verdes secos

Homens tortos
Pessoas uniformes
Em suas salas cheias de vazios

Tropeçantes
Malabaristas
Vegetarianos devoradores de carne<

Homem (Sujeito)
Letra - (poema) de Cláudio Macagi / Música - Poetas do Caos

Homem, sujeito insatisfeito
Homem, sujeito insaciável
Homem, sujeito indomável
Homem, sujeito sujeito

Sujeito amável
Sujeito incontrolável
Sujeito vívido
Sujeito suicida<

Não quero falar da flor e do espinho
Só quero encontrar de volta o meu caminho
Olhando pra trás descubro um novo rumo
Numa trilha que traz de volta o meu prumo

Não faço questão de ser o certinho
Pois a perfeição desfaz o caminho
Na vida aprendi a ser maleável
Só tom

Fiquei cego
Perdi a linha
Engoli o ego
Torci na rinha

Corri pro abraço
Enrolei o tempo
Joguei o laço
Lacei o vento

Soltei o verbo
Enrolei a língua
Libertei o servo
Morri a míngua

Descarnei a maldade
Chutei o arrogante
Sorri pra bondad

Claro é o dia
Que não adia
Turva é a mente
Daquele que mente

Reluzente não é o ouro e nem a navalha
É deveras o couro daquele que trabalha

Abstrata não é a tela
É a promessa que reza a vela
Liso não é o piso
É o político e seu sorriso

Não sou eu que

Lá pro alto da serra eu quis fugir
Tava noite, tava escuro
Som portátil e uma vela a luzir
Tive medo, eu juro

No momento eu pensei em estar contigo
Parecia um romeiro abandonado
Mas como se tivesse marcado encontro comigo
A lua cheia surgia do outro lado

A cid