Então, tá
Amar a quem só vê
Na ventura uma aventura pode encontrar
Numa noite boa-praça um amor

Eu sei
Tão concreto foi
Os amores que as dores fez imaginar
Esperança de silêncio desbotou
Mas veja
O Sol a hora mostrou
E a história ri da glória de te engan

Eu sempre ouvi
Uma voz gritar
Que nunca posso calar
O que me trouxe aqui

Mas nunca medi
Esforços para abafar
O silêncio de sonhar
E descobrir para onde ir

Com voz a palpitar
Sigo um rouco coração
De tanto à alma gritar
Um corpo desviado
Pode do

Diz perto
O teu: Com a fé não se passa amargo
Eu não, bem-te-vi
No canto, há folhas e ar manchados
Não esqueço
Do: Ah, moço, que mar cool! Domingo!
Eu me lembro
Adianta onde ter me ou tudo?
Ah, dor! Eu meço
No espaço o vazio onde me vem tudo

O amor quis falar de si
Depois de tanto lhe morrerem sem sequer o sentir
Subiu no coração para gritar
Quão errado é falar do sentir sem viver o amar

Chorou ao vaiarem seu prazer
Ao mostrar que a ilusão veste a real dor do ser
Chamou a raiva com a razão
De pôr lhe a

Cantou por uma razão
Na lógica da emoção
Caminhou ao eterno
Pela sombra do breve
Uma lágrima lhe desviou
Na curva do sorriso brotou
Amou com toda a raiva
Caiu cansado de amor
É casa do vício
Na rua da virtude

Onde está você?

Sinto que te perco

Logo depois de você aqui atracar
Perguntei-lhe então por que esteve a velejar
Se meu coração fez de lar este cais
Vendo mil céus e sentindo do mar todos os seus sais

Teu encanto, feito vela, meu clamor baixou
Abraçou-me como mar, tua vida me ancorou
Antes que eu lhe fal

Cruel é o seu partir
Partiu os olhos em lágrimas tão gentis
Doce é o seu atracar
Atracou o amargo da ausência para embarcar

Por que o presente teima em atrasar
Se o futuro já desponta num lar?

Estranho é o seu romper
Rompeu a despedida em boas vindas pra sonhar

O amor lhe anunciou como nosso lar
Visitou lhe o coração onde Deus fez um jardim
Nele o cuidado plantou, pródigo, assim, nasceu
E o destino lhe apresentou
Que o outro iria encontrar

Agonia ao altar recusar para o amor seu sim dar
Flagelou o coração que se nega a parar

Ei, meu irmão
Sinta o meu pensar
Vejo tua alma, basta-lhe tocar
Nesta casa
Já não caibo mais
E no outro você fez teu lar

Nessas ruas
Há tanto pensar sem sentir, eu vi
Vidas inteiras sem um inteiro encontro, eu conto
Anúncios de sonhos a comprar
Estátuas

Você já morou aqui do lado esquerdo
Mas se acha do direito
De me pôr de lado
Ao me ver sem direção
Onde eu vou, então?

Pensei que fôssemos apenas um
Corpo feitos de alma só num
Mas bastou-me ver desfeito em dois
Para se juntar a mais uma ilusão

Acreditei q

Ela fez o primeiro risco
Curvo, mas que não deixa cair
Curto no traço, eterno no abraço
Tinta de sangue, borra, mas não se apaga

Ele fez o segundo risco
Traço distinto, aceito, do destino
Longa curva abaixo, faz cair de rir
Tinta de alma, invisível, nítido ao fugir<

Sou feito garimpeiro
Me livro daquilo que não me faz inteiro
Nessa escavação, chamada coração
Quanto mais escavo, me pergunto
Se há amor?

Sol de paixão, lama de ilusão
Escavo e tenho medo do perfeito
Pedra rara, machado da alma
Separados pela terra do fado
Q

Apego antigo
Encontro
Te encontrei
De outras eras
Somos nós e nossa energia
Repouso e bem estar

Voa ainda mais alto
Vai lá brilhar
Como você sabe
E sempre fez
Parabéns, por ser você
E por fazer desse mundo
Um lugar mais tranquilo

Desenha e

Aqui, você era flor e vento
Trouxe amor e pouco tempo
Que era pra ser sempre

Mas outros canteiros foi florir
Deixou espinhos que sabem mentir
E raízes que não sabem fugir

Então, outros amores fez florescer
Com raízes de paixão
Verde descolorido, decepção

Eu tive que voar
Para te ver pousar
Nas nuvens do meu peito
Onde histórias eu contorno
E conto sem sentido
Para você flutuar
E se perder
No canto que era teu

Eu tive que dormir
Para te ver acordar
Nos sonhos do meu peito
Onde o amanhã adormecido

Labirinto tu me és
Emaranhado de emoção
Mas no fim, um simples coração

Mulher, tu és viés
Sem atalhos, nem instrução
Beijos sem saída, desilusão

Tu tens medos nada relés
Em uma passagem os encontrei
Mas, perdido, neles eu pisei

Agora, estou ao seu inves<

Queria que meu sonho tivesse um número
E que bastasse ligar
Para a gente se encontrar
Sem fios
Em que o passado fez tantos nós
Desamarrados de nós

E se ele se fizesse de difícil
Eu repetiria
Discaria até fazer cair a caixa de incertezas
Que ele teima em carr

Tanto tempo estou aqui
Mas só hoje eu li
Sobre os livros que vivi
Nas estantes distantes de mim

Eu, sempre vilão de mim
Hoje, do destino, sou herói, sim

Das mil capas, um livros escrevi
De uma página, sumário fiz
Por inspirações que roubei e comprei
Sem as

Não tem como negar
Nós vamos girar
Rejuvenescer para ter
Nem tente evitar
A menos que queira
Não me ver envelhecer
E você se distrair por um infinito qualquer

Mas não posso te tocar
Continuamos a girar
Crescer para ser
Nem tente evitar
A menos que qu

Por que tão distante assim?
Por ventos de amores me guiei
Nas tuas terras então cheguei
Quando aí, quase já morei
Fiz casa nos seus braços, me encontrei

Então, perto de ti
No céu dos seus beijos quis voar
Teus mares de sonhos, mergulhar
Quando aí, quis ficar