Os raios do sol
Atravessam os olhos da noite
Meus olhos repletos de sol
Despertos festejam a noite
Se teus olhos vêem meu olhar

Tudo de bom que se quer
Escorre pelas portas abertas
Aura limpa, os pés descalços e o medo
Se foi
Sonhos livres, céus azuis e o b

A dança do tempo
Nunca vai parar
A barca das planícies
Deitada no mesmo lugar
Vem chegando o outono
Vai passando o verão
Na dança do tempo
Das estações

Ano veloz
Ano veloz
Outono adentro

Você não sabe muito bem
O que você quer
Quando vem a noite
Você chora de frio.
O frio e a noite que entra
Solidão é só
Uma oportunidade
De se ver

Irmos à escola
Já não é mais a mesma história
Há tempos

Nosso filhos
A seu tempo inventam sua hi

Meu coração pulsando
Léguas e léguas de campo
Tropa dispara
Meu sangue que escorre
Luz das estrelas nos olhos
Vento gelado na pele morna
Tudo o que sinto arrebata
Um anseio me lança ao espaço
Atravesso o céu
Na noite escura do pampa
Me encontro em ti

Quem dera os caminhos nos levassem
A uma outra geração perdida
Só perdidos nos achamos
Sentir é proibido
Expressar o que se viu
Desespero contido
Flor no frio de abril

Sentir é proibido
Expressar o que se viu
Desespero contido
Rosa que não se abriu

<

Os sonhos e as luzes
As vozes e as cruzes
Que cruzam nossos caminhos
Nas noites de chuva e frio
Os anjos e as nuvens
As bruxas e os seus algozes
Nas estradas, nos rios
Nos raios, nos sinos

Luzes e sombras
Sonhos e serpentes
Vozes que nem sei
De onde

Olho da minha varanda
O dia que escorre
A carícia das horas que passam
Espero alguma notícia
Que chegue de longe
E conforte um pouco a saudade
Te vejo num Belo Horizonte
Que eu nunca vi
Queria te ter por aqui
Para o mate da tarde
Hora que eu sinto
O c

Certas manhãs em que acordo bem cedo
Fico esperando o dia amanhecer
Quando levanto, abro a janela e contemplo na chuva
Brumas de um navio fantasma sem rumo em meus pensamentos
E a saudade de estar em outro lugar bate em mim
É a certeza de saber que o tempo outro tempo não

Fustigado pelo vento frio
Eu olho o pampa
A neblina que permeia
Todo senso, todo pensamento
Fustigado pelo vento frio
Eu olho o pampa
A neblina que permeia
Todo senso, todo sentimento

O vento desmazela os cabelos
Dos plátanos nus, dos pinheiros
E eu pen

Andando por essas ruas cheias de gente
O vento bate em meu rosto, eu sinto as luzes da cidade
Que ofuscam os meus olhos
Eu me pergunto aonde iremos, aonde vamos?
O sol se pôs
A noite veio
Onde está você?
Vejo sombras e mistérios

Noites nas ruas
Aonde estão<

Eu quero ter de novo
O brilho nos olhos
Como o sol que escorre refletido nos riachos
Entre as montanhas do Éden

Enquanto as folhas
Caem no outono
Abril adentro
Nossos dias se vão
Chuva e frio na janela
O cinza parece
Que penetra o corpo da gente

No quarto escuro projeta momentos
Que fizeram a história rolar até aqui
Se escondem comigo
Fantasmas molhados
Que p

Não me fale de dezembros
Pois agora choro
Recordando os córregos
E meus pés mergulhados na água gélida
Revendo os amarelos, ocre, cinza
O marrom sem fim daquelas tardes
Poderia morrer e renascer cem mil vezes
Só pra rever aqueles pátios
Inundados por uma luz que

Hoje o sol espera
Sobre as nuvens negras
Milhas e milhas e milhas
De céu em mim
Noites tão distantes
Vozes de outros tempos
Dias e dias e dias
Que virão

Tempestades... Nuvens negras... Temporal.

Luz se refrata
Na chuva que cai
Som sobre as águas

Olho as estrelas
Vejo os caminhos
Que serpenteiam a serra

Olho a serra
Sinto o vento
Soprando lembranças ao centro

Das cidades
Das vilas
Província Universo

Val de Serra, caminhos de Três Barras
Aldedias e campos,
Riachos e lagos
A palha em montes como pontos
Amarelos de Van Gogh
Riachos na estrada
Paraíso, caminho
Do poço dos desejos
Onde podemos estar
Em paz em qualquer lugar

Nesses campos, nesses vales

I - Sul (Instrumental)
II - Balada Outonal

Lentas são as vozes
Que saem como sonhos
Das gargantas imortais
Dos vinhedos ao vento
Das luzes outonais

Lentos são os gestos que pairam
Quando pássaros possessos
Lavram nuvens
Sementes e pólen

Lentos s

Veja os caminhos
Aonde vão dar
Capões de mato
Campos e lagos
E um vento soprando sempre
Uma paz ancestral
E um vento soprando sempre
Uma paz ancestral

Veja as estrelas
Aonde vão dar
Veja as estrelas
Aonde vão dar

Província: Universo: Província

Vagos vagalumes vagueiam
Na escuridão
Um gosto doce escorre
Vem chegando o verão

Não podemos viver assim
Tão distantes de tudo
A vida nos traz bem mais
Do que podemos ver

Não podemos viver assim
Tão distantes de todos
Os mistérios nos vem cada vez mais

Vida na terra
Algo mais

Não podemos nos afastar
De toda a poesia
A brisa