Nuvens cobrem o meu céu
Flutuando passam ao meu lado sem tocar
Ondas sobem no convés
Se quebrando
Balançando o barco sem virar

Faz tanto tempo que parti
Que ninguém se dá nem falta
Vou esperar o tempo abrir
Pra não voltar pra casa

Eu já nem sei o que tenta

Olhos fechados no subúrbio do vazio
Tentando clarear respostas
Passos em falso na imensidão
Escura calma

Entre caminhos que não levam a lugar nenhum
Procuro uma saída
Uma trajetória, um risco ao fim
Estranha falta

Quem me dera ver o Sol
Cobrindo o vazio aq

Toda essa névoa que me esconde
É fruto do meu próprio caminhar
E toda vez que eu tento levantar
A sombra dos meus medos quer
Me tombar

Nada vem à mente ao pensar
Parece que estou preso no lugar
E a dor que eu senti
Não veio pra machucar
O som que eu ouvi

Ao redor não há o que ver
A não ser as janelas da casa
Sei que o tempo passou
E que efêmera é a jornada

Então passam horas e dias e anos
Mas nada muda o que somos
Por que ninguém escuta?
Por que cheio de dúvidas?
Por que ninguém escuta?
Essa é a nossa luta</

Procurei tanto por aí
Algo pra me fazer sorrir
Mas nada mudou
Passos marcados onde se
Encontra esperança para se
Ver algo mais do que já vi

Em cada coração ferido
A tempestade anseia a calma
Tendo morrido o silêncio
O som que permeia sua alma

Fraqueja

Ela me deixou na estação de trem
Essa história algum dia você já ouviu também
Ela me deixou levando minha alegria
Agora eu não sei mais
O que é realidade ou o que é utopia

Tudo bem, eu vou mentir pra mim
Tudo bem em deixar você partir

Enquanto o trem não vem
E

Pra casa vou voltar
Em meio a esse caos
(Organizado, tão bonito)
Pra que sentir a dor
Se ela vai passar
(No imaginário coletivo)

E muitos vão dizer
Que essa história foi
Escrita pra agradar
E usada pra matar

Eu quero responder
Sem ter que te dizer<