Eu não vim aqui
Engolir seus conselhos
Nem vim cair de joelhos
Despejando seu orvalho
Eu não quero nem saber
Só sei que não sei o que fazer
Na trilha que traçaram pra você

Pois o meu caminho
Eu faço sozinho
Digo o que penso
Às vezes pago o preço
Mais

Ando por ai
Sem ter aonde ir
Nas ruas desertas
Desfaço promessas
Projeto desejos
Nessa bola de cristal
Apague as luzes
A limpidez me faz mal
Prepare o tapete
Vamos é hora de voar
Navegar pelo caos
Sem saber nadar

E se uma onda desabar
De algu

Eu lhe procurei pelos vales
Montanhas e mares
Procurei-lhe no coração
Na alma e na razão
Na solidão eu me pus
Pra sua voz ouvir
Mais como um surdo
Um mudo não ira lhe ouvir

Sei que podes me ouvir
Blasfemar em palavras
Até o que não senti

Oh! Deus o

Hoje eu acordei disposto
A lavar o ruge do rosto
Hoje eu abri a porta
Dessa sela fria e morta
Hoje chorei em cristais
As dores ancestrais
Pra que a luz distorcesse
Da alma a escuridão
E apagasse da memória
Resquícios dessa prisão
Mais os meus fantasmas

Meus olhos vagueiam no escuro
Pra mim não vejo mais futuro
Minhas mãos estão atadas
As cordas me prendem no nada

Eu não sou tão forte
Como um dia sonhei ser

Agora só um vazio na alma
Nem se quer um drink me acalma
Nessa tarde de céu cinzento
Eu de

Nascer sozinho
Trilhar o caminho
pré-fabricado
Destino traçado
Afinal somos peças
De um quebra-cabeças
Onde as peças
Não se encaixam
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Ganhar ou perder
Chamam de sorte
Matar ou morrer
É sobreviver
Ao jogo da guerra
Onde comandante

Em penitência eu me pus
Sobre os grãos de milho
No quarto feito noite
De cara pra parede
Meus joelhos sangram
Pagando os pecados
Que eu não cometi
Mas hei de pagar

Eu pago seus pecados
Por ter criado a guerra
Por ter trazido a fome
Por ter lavado as

Ao som da gaita
Regado à cerveja
Você só deseja
Algo assim como o blues
Assim como o blues
Que entra na alma
E nos corpos nus

Em bares da noite
Ao som do velho piano
Você termina e começa
O novo ano
E não vê o tempo passar
O tempo passar
Pois

Eu subi montanhas cruzei rios
Mais mesmo assim me sinto tão vazio
Do céu ao inferno fui como poucos
Às vezes sábio outras tantas louco
Rearranjei as cartas no jogo
Minhas certezas derreteram no fogo

Por isso quando eu chegar
Na sétima lua cheia
Ressurgido das ci

Quantas vezes eu disse
As mesmas palavras
Quantas vezes de joelhos
Eu fui beijar a lona
Quantas vezes tropecei
Em minha amargura
Quantas vezes eu vi
Ah! Eu vi o sol se por
Quantas vezes senti
Na carne sua dor
Quantas vezes Deus
Eu duvidei da fé

A

Eu simplesmente não sei
O que faço por aqui
Com essa cara rara
De homem trabalhador
Se já sou fora da lei
Covarde traidor
Mas hoje policial
Com fama de mal

Fuja daí, corra daqui
Antes que a ronda passe

Se eu tiver na rota
É melhor não va

Aqui tem juiz ladrão
Aqui tem pastor pidão
Aqui tem homem bomba
Aqui tem roda de samba

Aqui tem desilusão
Aqui tem arrastão
Aqui tem desordem
Aqui eles lhe fodem

Aqui tem tudo
Só falta você

Aqui tem gente seria
Aqui tem miséria
Aqui têm desig

Só pra chamar a atenção
De quem me detesta
Vou curtir meu balanço
Numa cadeira qualquer
Vou degustar meu fim
Assim como quem, mal me quer.
Talvez eu chore suas lagrimas
Talvez me arrependa depois
Talvez eu pule do precipício
Ou disparo o gatilho
Talvez eu

Há muito ando sem rumo
Pelas pegadas no asfalto
Rastros no espaço sideral
Um passeio sem sentido
Sem comando pela contramão
De uma órbita irreal

Um delírio, colírio.
Para os olhos entorpecidos

O silencio rompido
Pelo ruído do motor
Em terceir