Abre a porta, Maria Chiquinha
Eu não abro

Eu não abro não
Você vem da pagodeira
Vai curá sua canseira
Bem longe do meu colchão

Mariquinha, abre a porta, não reclama
Mostra que você me ama que eu não quero discussão
Você queria que seu bem fosse bocó
Pra te

Pego a viola pra cantar os meus versinhos
Eu tão sozinho no terreiro a soluçar
Lá na montanha bate a Lua no ranchinho
Eu soluço no meu pinho a canção deste luar

Vem o luar modificando a natureza
Me dá tristeza vendo a cachoeira zuar
A Lua bate iluminando a correnteza

A praia estava tão deserta
Quando nós felizes pulamos no mar
Foi quando de repente eu vi
O seu corpo lindo na água afundar

Chorando eu pedi ajuda
Ao meu são Francisco
Santo padroeiro
Enquanto eu estava triste
Foi aparecendo ali um canoeiro

Canoeiro amigo t

Meu amor, eu descobri
Não vai mais adiantar
Toda vez que a gente briga
Eu ouvi você falar

Que não quer mais meu amor
E nem eu o seu também
Se de dia a gente briga
E a noite está de bem

Depois da briga
Você é mais carinhosa
Depois da briga
Você é ma

O meu vizinho
Tem um lar que é uma beleza
Lá eu não vejo tristeza
Muito menos reclamar

A mulher dele
Trabalha que dá inveja
De tanto que ela peleja
Pra poder lhe ajudar

De madrugada
Ela sai para o serviço
Eu aprovo tudo isso
É um lar que existe a p

Êta cheirinho bom
Do lado que o vento vem
Êta cheirinho bom
Do lado que o vento vem

Até parece cheirinho
Da comida do meu bem
Até parece cheirinho
Da comida do meu bem

Depois que você partiu
E me deixou a sofrer
De saudade não consigo
Nem dormir e

O que você foi fazer no mato
Maria Chiquinha?
O que você foi fazer no mato?

Eu precisava cortar lenha
Pirangueiro, meu bem
Eu precisa cortar lenha

Quem é que tava lá com você
Maria Chiquinha?
Quem é que tava lá com você?

Era a filha da Sá Dona
Pirang

Nóis vai ensinar
Se fazer um coquetér
É bebida de home
Também de mulher

Vancês pegue uma taça
E um copo quarquér
E misture a bebida
Que vancês quiser

Pra ficá bem gostosinho
Põe um pouco de vinho
E pra ficá mais quente
Põe um pouco de aguardente

Eu amo quem não me ama
Seja lá o que Deus quiser
Quem me ama eu não quero
Eu quero quem não me quer

Eu amo quem não me ama
Seja lá o que Deus quiser
Quem me ama eu não quero
Eu quero quem não me quer

Só existe um remédio
Pra pôr fim nesta saudade
É vol

Velho gaúcho
Que hoje vive abandonado
E traz no peito
Uma sombra do passado

Pobre gaúcho
Solitário sem carinho
Mora num rancho
Lá na beira do caminho

Ou, ou, ou, ou
Tenho lembrança daqueles tempos passados
Ou, ou, ou, ou
Pelas campinas dando rodeio