Corro, pra perceber que não se deve viver
Assim tão de pressa
Mas já que o ritmo tem sido esse
É bom manter

Na maratona o obrigatório
É não saber de onde vêm os socos
Se não que outro motivo
Se teria pra correr

Mãe, guarda almoço pra mim
Que eu vou chegar

Há sempre mais de um eu
Em dias de alergia
Um pra noite e um pro dia
Um de preto e um de cinza
Não me diga quem sou eu

Os olhos coçam muito
E começam a arder
Te ver eu não consigo
Estranho, mas te digo
Que eu nem queria mesmo
No fim tá bom assim

Na

Quem poderia acreditar?
Você louco de medo do medo de ter medo
Me liga se o bicho pegar
Não tem problema
Angústia é que é problema

Nessa água fria aí vai um pé de cada vez
Pra adormecer feliz depois, embaixo d'água
Manda o querido amigo embora, com sensatez
Vai

Quem de longe vê não acha
Nada de mais a criança relutante
De castigo na gangorra
Deixa ela em paz, alguém faz alguma coisa

Eu lembro, eu também tava lá
Fazendo as contas quanto ao risco do salto
E hoje tentando me enxergar
Só me incomodo quando saio de casa

Q

Não tente me ligar,
porque aqui quem fala
não é o mesmo cara
desde que joguei minhas mágoas
pela janela do meu quarto

Adormeci tranquilo
A dor é sempre a mesma
Tranquilo

Não tente me ligar,
porque aqui quem fala
não é o mesmo cara
desde que joguei

Aconteceu alguma coisa com essa cabeça
O que que foi?
Se aconteceu algum problema
Agora é problema pra nós dois
Vamo ver se a gente entende
Ninguém da murro na parede
Sem dar nome aos bois
Vai que o vizinho não sabe
Eu não sabia também

Todo mundo sumido