Já foi meu tempo de brincar
Correr as terras desse paraíso
Meu olhar marrom transborda
A sensação de dever cumprido
Na memória fraca
A alegria incondicional de espírito amigo

Hoje, de corpo cansado e alma leve
Aguardo que me levem a cada solstício sem nunca largar

Ô cabra da peste! Me digas ao que veio
Ô cabra da peste! Ao cerrado, veadeiro
Ô cabra da peste! Me digas ao que veio
Ô cabra da peste! Ao cerrado, veadeiro

E eu vim pra me sentir surpreendido
E cada vez me surpreendi um pouco mais
É cachoeira e é a água é a gente na est

Viesse bem alegre, serelepe
Tipo cavalo quando vê maçã
Outrora se lembrava dessa hora
De corpo ereto, boca aberta e mente sã
Pé quente se vê gente como a gente
Destoa um pouco mas tá dentro dos padrões
Um bom cara, com pegada, cheio de marra
Faz a cabeça com suas vers

Botou a gravatinha
Vestiu o terno de linho
É o porco se limpando
Sujeira foi pra baixo do pano
Abriu o sorrisinho
Pediu voto até pros inimigos

Aaaah
Cadê o meu nariz de palhaço?
Não tô vendo o teu então explica aí
O porquê desse teatro
Aaaah eeeeh ah

Tiziu pulou no ar e cantou
Se canta avisa bem que já viu
O seu amigo noutro capim
É papo de passarim
É papo de passarim

Assim de pé no ipê deve ter
Assim de ipê de pé deve ter
Pra colorir o mato pra mim
O mato é bom, passarim
Num mata não passarim
Passar

Ó renda de água
Renda de água
Me cobre com a tua malha
Renda de água
Ó renda de água
Renda de água
Me cobre com a tua malha
Renda de água

Renda de água eu me rendo à sua beleza
Vive e impera em minha tela retina
E se impõe sobre a vida da esfera que gira

Rio de Janeiro, todo ano é verão
O asfalto fica quente como areia
Rio de Janeiro, me pergunto a que ponto chegamos
Os muros criam ruas sem saídas

Rio pra não chorar, rios não vejo mais desaguar
Rios de casos, valores tão rasos, e o pior é que roubaram meu poder de reclamar<