O que eu vivo é raro
E o que eu penso
É que nesse momento eu preciso parar
Me encontrar e saber

Quebrar as minhas fronteiras
Todas as maneiras
Que eu me omiti
De me reconhecer

Eu mantenho o silêncio
Abraço a criança aqui dentro
E levito sobre todo amo

Entre os olhos da casa grande
E as preces da capela
La vem ela
Com sangue negro
Nos punhos da mão
Eu sei que tu és
Um leal coronel, Fidera!
E os teus olhos inundam
O Seco do mar do sertão

Tu és a ferida que lampião não curou
Corpo que o boqueirão já banh

Me veste o gibão e me leve ao mato que tem Jurema
Que eu juro oh Jurema meu corpo lhe dar
Quando o último açude do sertão sagrar

Mas Jurema meus óio furou
Bem mais triste o meu canto ficou
Feito o assum preto de Humberto e Gonzaga
Triste lágrima de um cantador
Sangr