Eu conheço esse tipo de cowboy
Mas parece que eles não conhecem nós
Bota limpa não bota respeito
Cê não laça nem boi desse jeito
Quer mostrar que é peão de verdade
Me agarra na nuca e me puxa pro beijo

Bota limpa não bota respeito
Cê não laça nem boi desse jeito

No pago dos meus ancestrais
Onde o Rio Grande se faz sentir
Nas coxilhas de campo a campo
Meu coração aprendeu a sorrir

Sou gaúcho de alma e de sangue
Cavaleiro dos pampas a galopar
Nas estâncias, minha sina se enlaça
No grito do Rio Grande a ecoar

Pelos campo

Quero ver se é verdade o que eu escutei
Dizem que você fala de mim
Mais você não conta que quando eu e você saímos para jantar
É você quem paga porque você faz isso
Se quando algum parente ou amigo chega você só fala mal de mim

Para outros você fala mal de mim
Mais quan

Começa o baile e o gaiteiro já toca uma vaneira
Quero ver pra pegar as dançadeiras
Quero ver se elas sabem dançar as vaneira
Já vai entrando outra música para o gaiteiro
Será que vai ser vaneira ou vaneirão
O que importa e ver a morena dançar a noite inteira no embalo da vane

Eu estava acostumado com o cheiro do mato
Relincho do cavalo, terra vermelha pelo chão
O mundo que conhecia era esse até então

Até que um dia seus olhos olharam pros meus
Sobre a luz do luar, a gente se envolveu
E aquele anjo de esporas dominou o peito meu (meu Deus)
Fo

Nos pagos de rio negrinho, onde vento sopra forte
Com destreza e paixão, eu entalho a minha sorte
Cavalos e coxilhas na madeira eles renascem

Sou eu de novo, sou eu de novo, sou eu de novo entalhador
Sou eu de novo, sou eu de novo, sou eu de novo entalhador

Com meu formão

Lá vai o xiru velho montado em seu alazão
Levando a sua acordeona, no pingo de estimação
Herança do velho pai, que um dia já foi peão
E as tralhas de acampamento
Como diz a tradição

Vai xiru velho, vai xiru velho
Muitos já te abandonaram
Partiram pra migração
Nã