Nos fundos da minha casa
Está morando uma inquilina
Por ser muito inteligente
Qualquer homem ela domina

Quando eu fui mostrar a casa
Senti um grande amor
Eu fiz um preço barato
Mas na hora do contrato
Eu não pedi fiador

Aluguei a minha casa
Pra me paga

Eu passei na sua terra
Já era de madrugada
As luzes da sua rua
Já estava quase apagada

Fiquei hora imaginando
A nossa vida passada
Do tempo do nosso amor
Que se acabou tudo em nada

A sua casinha triste
Estava toda fechada
E no varal do alpendre
Uma

Na estrada BR-2
Viajava ao entardecer
Num posto de gasolina
Parei para abastecer

E quando fui dar a partida
Não sei da onde surgiu
Uma garota tão bela
Muito meiga e singela
Uma carona pediu

Abri a porta do carro
Ela sentou do meu lado
Começava anoi

Vinte e cinco de janeiro
Eu levantei sem receio
Selei meu cavalo baio
Para fazer um passeio
Na fazenda Terra Nova
Tinha um grande rodeio
Eu saí de madrugada
Galopando pela estrada
Participar do torneio

Eu cheguei lá na fazenda
Amarrei o baio no esteio

Um senhor catador de papel
Pelas ruas de sua cidade
Que catava papel e vendia
A cobrir as necessidades

Certo dia ele achou um pacote
Com endereço e bem assinado
Era de um rico fazendeiro
Que continha muito dinheiro
Ele tinha vendido o seu gado

Esse pobre h

Quem quiser vencer na vida
Faça o bem a quem merece
Quem faz o mal nessa terra
Aqui mesmo ele padece
Quem bate nunca se lembra
Quem apanha nunca esquece
Quem maltrata o semelhante
Do amor vive distante
Em vez de subir só desce

Tem gente que só enxerga
O

Pra um grande amigo eu contei o que sentia
Não duvidou porque ele me acredita
Lá no meu rancho estou vivendo sozinho
Falta carinho de uma morena bonita

Ele me disse, vai em busca de alguém
Pois eu também foi do jeito que eu fiz
Viver sozinho sem ter uma companheira

Ao cair da tarde a noite aparece
Eu faço uma prece ao meu Criador
Pedindo que apague o fogo lá fora
Seu povo implora a paz e o amor

Dar força e coragem ao homem do campo
Pois ele merece a Vossa bênção
Ele é o soldado que defende a roça
É o braço direito da nossa naç

Companheirada, eu estou chegando
Cheguei cantando pra animar a festa
Minha bombacha e meu par de espora
Meu chapéu grande quebrado na testa

Minha guaiaca com refil de prata
E as minhas bota não é vaidade
Esse costume tem me dado sorte
Eu só danço xote pra matá a sau

Tô de namoro com a morena do pedaço
Mas na hora do amasso a ordem é ela quem dá
Ela é linda e gosta de uma paquera
Ela vira uma fera se eu não lhe paquera

Se ela disser, me abrace
Tenho que abraçá
Se ela disser, me beije
Tenho que beijá

Se ela disser, pare

Moçada do chapéu grande
Bota de cano comprido
Homem querendo mulher
Mulher querendo marido

Peão que entra na arena
Merece ser aplaudido
Nossa festa de rodeio
É sucesso garantido

Onde tem mulher bonita
Não vejo passar as horas
Coração pula no peito

Fechando os olhos eu vejo
O mundo velho gemendo
Também aqui no Brasil
Vejo um problema tremendo

A nossa população
Não tem ninguém protegendo
Na luta cotidiana
Só vejo o fraco perdendo

Quanto mais o povo paga
Mais continua devendo
Às custas de quem trab

Quem me vê nesse lindo carrão
Não sabe quanto chão já cortei de a pé
Eu morava em uma palhoça
No fundo da roça, rancho de sapé

O meu sítio que era pequeno
Recanto sereno ficou isolado
As fazendas foram me cercando
E as lavouras foram se acabando
Transformando em

Esse caso triste muito comovente
Um homem doente passava tão mal
Chamaram um taxi com tal desespero
Pra levar ligeiro em um hospital

A mulher ficou cuidando da casa
Seu filho não estava para acompanhar
Mas ela pedia a Deus poderoso
Que o seu esposo viesse se salvar<

Por esse Brasil inteiro
Na guarita ou no relento
Há sempre um vigilante
Com o seu olhar atento

Cuidando sempre da empresa
Com muitos trabalhadores
Enfrentando a própria morte
Mesmo sendo em carro forte
Quando transporta valores

Profissão de vigilante
É

Um pobre menino com sete aninhos
Não tinha amiguinho pra se distrair
Perdeu a mãezinha numa noite fria
A sua alegria findou-se ali

Seu pai trabalhava cuidando da roça
Em uma palhoça, rancho de sapé
Menino vivia brincando sozinho
Com seu cachorrinho de raça qualquer<

Numa festa de rodeio
Não se pode fazer feio
É responsabilidade
Com o aplauso das morena
O peão entra na arena
Com muita força e vontade

Gosto de ver os peão
Formar um grande cordão
Todos de cabeça erguida
Todos tiram o chapéu
Levanta o olho pro céu
A

Na noite de cantoria
Eu não bebo e nem lambisco
Onde tem mulher bonita
Cantando pra ela eu pisco

Mas se a dona for casada
Nem um olhar eu arrisco
Nos olhos do seu marido
Eu não quero ser o cisco

No meio da mata virgem
Mora um bicho mais arisco
No meio