A deusa que eu amei era de barro
O vento deu logo secou
E da deusa de meus sonhos
Só o pó foi que restou

Vai vento, vai
Tira o pó que no meu peito não sai

Quando se ama de verdade
Alguém que não se deve amar
Os defeitos são virtudes
Depois não adianta chor

Tiro de laço gineteada, companheirada, bom chimarrão
No sarandeio belas chinocas no entremeio, uma canção
Trovas, repentes, bons violeiros, canções nativas e o carreteiro
Entrelaçados em harmonia, ao pé do fogo neste rodeio

É no acampamento, lugar da pousada, onde se descansa

Me vou pra la que tem vaneira fandangueira
Pra escutar eu vou dança vou aperta esta morena
Pois ela sabe quando eu chego a coisa muda de figura
E o meu jeitão te garanto vale a pena

A noite é boa eu tô querendo uma cintura dessas
Que a gente só encontro no fandango
Pra

Vou campeando a minha sina domando o coração
Tô apartado da lida bem longe da tradição
Vou levando no cabrestro no osso do peito esta saudade
Sou cria do mundo xucro e aqui me sinto pela metade

Maneando os pensamentos pelegueando a solidão
Me lembra todo momento dos dias de

Desculpe se não lhe agrada minha estampa de índio vago
Eu trago dentro do peito toda a glória do meu pago
Sou quero-quero monarca, defensor desta querência
Eu tenho o cheiro da terra perfumando minha existência!

Desculpe deste meu jeito meio quieto desconfiado
Não sou de pe

Tropeiro bravo de ontem de rude heroica história
Que com fibra luta e glória no céu do tempo ficou
Seu tino de sina andeja de desbravar o futuro
A cascos de mula e burro um novo mundo forjou

Foi abridor de caminhos foi mercador de seu tempo
A campear o seu sustento nos carg

Está findando meu tempo
A tarde encerra mais cedo
Meu mundo ficou pequeno
E eu sou menor do que penso

O bagual tá mais ligeiro
O braço fraqueja as vezes
Demoro mais do que quero
Mas alço a perna sem medo

Encilho o cavalo manso
Mas boto o laço nos tentos