Perdido na imensa planura
Entre o verde e o azul infinito
Suas mãos de capim santa fé
Parecem até que estão implorando
Pedindo, rezando, falando com Deus

Por isso lhe chamam bendito
Humilde ranchito de palha e de fé

Rancho que foi templo, lar, trincheira
De qu

Os galhos regendo o vento
Balançam no temporal
Atado pelo buçal
Um potro estira o cabresto

Molhando a melena moura
O velho peão caseiro
Se atarefa no terreiro
Guardando trastes de arreios

(É uma cena de campanha
Repassada em poesia
Pedindo uma melodia<

Geada vestiu de noiva
Os galhos da pitangueira
Ainda caso com Rosa
Caso ela queira ou não queira

Pra domar o meu destino
Comprei um buçal de prata
Nem um pesar me derruba
Qualquer paixão me arrebata

Acordoei minha viola
Com seis cordas de espinho
Meu c

Esta dança do chote
É dança bem animada
E quando o gaiteiro toca
Já se assanha a gauchada

Eu quando vou no fandango
me pilcho bem a preceito
Lustro as botas e ato o lenço
deixo a bombacha no jeito
Visto a camisa de seda e a
guaiaca apertada
E um cobres p

Na voz de vamos que fumo
Levando tudo que tinha
Manta de charque bem magro
E uma faca na bainha
Lampião a querosena
Dois pelegos e a sombrinha

Na voz de vamos que fumo
Levando tudo que tinha
Poncho velho e desbotado
E o fiambre de galinha
Chapéu de barbi

A lanterna da cidade, deslumbra os olhos da china
Que quando sai do seu pago, pelas luzes se fascina
As grossas mãos calejadas, de sanga, planta e capina
Se acende a luz do desejo, de cambiar de pago e sina

Vê seu rancho tão pequeno, que aos de casa contamina
Sonha os filho

A lua é um tiro ao alvo
E as estrelas, bala e bala
Vem minuano e eu me salvo
No aconchego do meu pala

Se troveja a gritaria,
Já relampeia minha adaga
Quem não mostra valentia
Já na peleia se apaga

Marquei a paleta da noite
Com o sol, que é ferro em brasa

Quando abraça sua guitarra
E desempenha seu solo
O guitarrista parece
A mãe com o filho no colo

Quando ele fecha os olhos
Nos prodígios de seu dom
Viaja pra dentro de si
Navega em ondas de som

Tamborilando as cordas
O guitarrista pampeano
Dá ares de qu

Vem morena, vem prá cá
Vem que eu tou a te esperar
Vem morena, vem prá cá
Pros meus braços, vou te amar.

Vem morena, vem prá cá
Vem que eu tou a te esperar
Vem morena, vem prá cá
Pros meu braços, vou te amar.

Não sei onde tu andas
Nem sei o que tu faz

Já faz muito tempo, eu já nem aguento
A hora e o momento, esse dia chegar
Não importa se a noite é pequena
Eu resolvo o problema, hoje eu quero é dançar
Não importa se a noite é pequena
Eu resolvo o problema, hoje eu quero é dançar
Puxa essa gaita no embalo do fole
E

Não chora, menina, não chora
Porque foram-se os cardeais
Se cantavam na prisão
Campo afora cantam mais

Tanta gente anda vagando
Sem saber onde pousar
Mas as aves, só voando
É que podem se encontrar

(Você ainda não sabe
O que cabe nessa paz
Quando a gen

Bom cavalo, arreio bom
Pilcha simples, bem cuidada
E uma estampa de monarca
Mesmo tendo quase nada

Palha, fumo, carne gorda
Erva buena não faltava
Pro índio flor de campeiro
Serviço sempre sobrava

Veio a visão da cidade
E o pago se fez lembrança
Hoje a

Está findando o meu tempo
A tarde encerra mais cedo
Meu mundo ficou pequeno
E eu sou menor do que penso
O bagual tá mais ligeiro
O braço fraqueja às vezes
Demoro mais do quero
Mas alço a perna sem medo
Encilho o cavalo manso
Mas boto o laço nos tentos
Se a

Vem conhecer o pessoal aqui na fazenda
As lindas prendas que tem no meu rincão
Tomar um mate junto com a peonada
Ouvir de perto o berro da boiada
Vem conhecer a beleza das cachoeiras
E as corredeira cortando o imenso chão
A passarada cantando em harmonia
Que alegria é