Por ti fiz tudo o que podia
E o que não podia também
Paguei-te almoços e gelados
Simpatizei com a tua mãe
Foste tu que me deste a insónia
Como presente de Natal
E também tu que me ensinaste que não há metade igual.

Quis ter tudo o que não davas
Deste-me um nada

Ser bom português
É morrer na casa de fado
É ter um casus belli
Com um vizinho do lado.
(x2)

E quando vierem as tropas
Afundar-nos nau a nau
Só nos restará combater com uma Armada de pau.
(x2)

É de chumbo o soldadinho
Que tem o cravo na carabina
Qu

Vai correr de madrugada
Todo ele é sol na enseada
A brilhar
Mergulha enquanto o povo dorme
Domina o mar, o mar enorme
A brilhar

Mas só lhe falta o céu para morar
E só lhe falta mesmo o céu para morar

Defende com fervor e estima
Que o homem bom está muito a

Um dia vais ver comboios a chegar
Sem hora de partir
Sem rumo para o lar
Pouca terra. pouca terra

Eu ando em caminhos de ferro
Eu ando em caminhos de ferro
Que bonito
Que bonito é não ter de parar
Não vou sair deste vagão, não
Vou sair deste vagão

Um d

Cola-me no chão, querida
O meu objectivo não é cair nem ficar sem barriga.
Ajuda-me a ficar no chão, recente convertida
Às teorias que apontam para a cura da SIDA.

Adubar os pés para alcançar o tecto.
Alimentar a mente e perder o afecto,
E perder o afecto.

Vão pin

Sete dias e sete noites cheios de angústia
Anseias encontrar a cura e até já tomas a hóstia.
Bocejas à luz do sol e transformas-te com um beijo
Que é dado por um menor que tem muito traquejo.

Já falta muito pouco
Para vermos o fundo
Trabalhas que nem um louco
E só e

Ele era um cavalheiro
Todo ele transpirava de elegância
Ela era gata borralheira,
tivera que limpar a sua infãncia

Ele velejava no Verão
e esquiava, no Inverno
Ela trabalhava ao balcão
De um qualquer estabelecimento moderno

Ele gostava de reluzir em si
O e

Tenho dentes de lobo e pele de cordeiro,
Cabeça de pombo e feitio matreiro.
Sou um animal a que Adão não pôs nome,
Só de barriga cheia é que sinto fome.
Não há injecção que acabe o meu cio,
A extinção seria um elogio.

Bombero (x3) [?]

Lá no zoo não há jaula para o

Eu manifesto o meu sentido de humor
Até o riso se manifestar através de um tumor.
O melhor remédio para a minha mente
É escrever sobre nós com tinta permanente.

Será que vai ser apertado?
Será a minha fala para sempre a de um gago?
Queremos sempre ver a redenção
Mas

Doutor, preciso de ajuda
Tomos os comprimidos
E a minha vida não muda
A minha força motora são, os antibióticos
Que me transformam de natural
Em químicos protótipos

Doutor, preciso de condescendência
Já não consigo sentir a minha própria consciência
Hoje acordei

Desiludido vai-se andando
Mas bem vestido e perfumado
Completamente alienado
Esquece tudo e nada está errado

Na Na Na Na Na Na Na Na!

Cai em agonia
E a alegria
São duas noites por dia

Exibe a testa bem suada
Mas lá no fundo ainda não fez nada
Metamor

Não sei ler escalas em clave de sol
E muito menos em clave de fá
Para Mozart, Chopin e Ravel
Sou um mal agradecido do pior do que há

Mas tenho alegria
Dentro do meu coração
Mas tenho alegria
Dentro do meu coração

Não sei ler compassos compostos
E muito men

Ter naves espacias
E aprender com jornais
Para ser alguém
Eu + Eu = Ninguém

Pequeno português
Sonhava ser inglês
Na televisão
Oh, que emoção

É tão triste ser tão bom estar mal

Andar de skate um mês
Camisas de xadrez
A combinar com o chão
Tens

Toda a gente sabe o que é melhor
Mas só nós é que ficamos a perder
Toda a gente quer dizer mal de nós
Nós só queremos acabar por ceder

Constragimentos precoces
Desentendimentos múltiplos
Estou-me nas tintas para metamorfoses
Haja o que houver vou continuar a ouvir</

Convidaram-me para um festa de anos
E era da minha melhor amiga
Mas o motivo de convite não estava nos meus planos
Eu nem meio sabia bem a cantiga

O nome dela era Liliana
Para os amigos simplesmente Lili
Mas ao encontrar-me com a amiga dela chamada Joana
Só sabia qu

Estala, estala
Estalam as pedras desta cidade
Estala o carmo e a trindade
Cai, cai
Cai a névoa sobre o Tejo
Cai Lisboa mas eu não vejo

Lisboa não passas deste Inverno
Trata de mim quando este chão ceder
Lisboa, Lisboa
Ai de mim desejar outra mulher

Mor

Vermelho
Sangue derramado
Enterro
Corpo não cremado
Magnifico material inútil
Faz-me querer tornar-me num fóssil

A atrapalhar
P'ra compensar
E me habituar
A sufocar

Adormece comigo para sempre
Deixa-me entrar no teu sonho para sempre
Depois de

Um dia acordei e tentei
Vestir-te de palavras mil
Para não ter de explicar
A tua geografia

O ritmo das ondas do mar
Esconde muito bem o teu andar
Enrolado e até desajeitado
Parecendo que vais cair

Falta-me o ar

Duas vezes o número um, é matemática de ser

Nem só de livros vive o sábio
Nem só de ossos vive o cão
O primeiro torna-se mandatário
Para o segundo existe a castração.

Ficava bem que respondesses
A questões e não a preces.
Sou um incompreendido
Se não percebes quando te digo:

O futuro trará grande lament

Prolongamos o sonho
Porque o que vemos é medonho
Prolongamos a ronha
Encapuzámo-nos com a fronha

A almofada onde dormimos
Babada, mas não de mimos
Afinal Dom Sebastião
Foi só um grande mandrião

As ruas em chamas
Um país perdido
Tudo o que se constrói é