Há uma caixa na beira da estrada
No açoite no dia frio
Esquecida pelo tempo
Quem sabe o vento possa levar

Todo desalento que assola
O eu lírico desordenado
No marasmo dos aflitos
Abriga na arte seu pesar

E quando chega a noite, a chuva cai
Levando toda a e

Ventos de morte derrubando aviões
Entre paz e guerra, quem cederá?
Nuvens ácidas pairam sobre nós
Filhos da terra dourada verde-anil

Ontem na TV um homem se atirou
Desse andar que fica no fim do Millenium
E quem, afinal, iria querer se importar?
Fogo, fogo, fogo!

O solitário astronauta perdido no espaço
Mensageiro do futuro
Mal consegue distinguir o que é real
Adeus planeta guerra, sonho dos cativos!
No escuro do absurdo, reflete um triste fim

Posso sentir um poder extra-sensorial
Astros de luz a me receber
Deuses a me abenç