Companheirada eu aqui estou de novo
Foi a saudade que me obrigou voltar
Quem foi criado pelos braços deste povo
Em outros cantos nunca pode acostumar
Vocês bem sabem a razão que eu fui embora
Até jurei de nunca mais voltar aqui
Pois a mulher que eu mais amei com outro mor

Quando a gente tem amor a gente tem ciúmes
Quando a gente tem ciúmes a gente padece
Quando a gente padece vira um desespero
É difícil esquecer um amor verdadeiro

Muito triste e apaixonado eu encho a cara
Estando embriagado a tristeza sara
Esqueço de tudo que ela me fez<

Quando eu te conheci do amor desiludida
Fiz tudo e consegui dar vida a tua vida
Dois meses de aventura o nosso amor viveu
Dois meses de ternura beijei os lábios teus
Porém eu já sabia que perto estava o fim
Pois tu não conseguias viver só para mim
Eu poderei morrer mas os

Lá no alto da montanha
Numa casinha estranha
Toda feita de sapê
Parei numa noite à cavalo
Pra mór de dois estalos
Que ouvi lá dentro bate

Apeei com muito jeito
Ouvi um gemido perfeito
Uma voz cheia de dor
Você Tereza descansa
Jurei de fazer a vingança

Por mais que a gente tente
Esquecer alguém se torna impossível
Imbuído pelos bons momentos
Qualquer objeto nos coloca um pranto
Uma peça de roupa no quarto
Um perfume um retrato
É um grande motivo
Por exemplo hoje uma caneta
Me fez recordar de quem eu amo tanto

Cada vez que eu me alembro do amigo Chico mineiro
Das viagem que nói fazia era ele meu companheiro
Sinto uma tristeza, uma vontade de chorar
Alembrando daqueles tempo que não mais hái de vortar

Apesar de eu ser patrão, eu tinha no coração o amigo Chico mineiro
Caboclo bom d

Tornei-me um ébrio na bebida busco a esquecer
Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes tudo terminou
Só nas tabernas é que encontro meu abrigo
Cada colega de infortúnio é um grande amigo
Embora tenham

Já chegou a hora
De jogar pra fora
Essa dor que maltrata
Já chegou a hora
De esquecer de tudo
E dizer ao mundo
Que foste ingrata

Já chegou a hora
De mostrar a todos
A fraude mesquinha
Fingindo ser minha
Vida de rainha
Tiveste ao meu lado

De

Fiz tanta homenagem ao interior
E ao trabalhador de alma gentil
Os versos que fiz os colegas gravaram
E se espalharam por este Brasil
E a saudade da minha terra
Tornou-se um hino na voz do meu povo
Porque quem deixou sua terra querida
Embora alcançando sucesso na vida

Há tempo que estou sofrendo
Por um alguém que foi minha amada
Já não como e nem durmo
A minha vida é amargurada

Me chamaram de doidão
Por me ver dormindo pelas calçadas
Eu sigo o velho ditado
Homem sem mulher não está com nada

Se não tivesse o pingão
Pobre

Você me acusa de ter outro amor
Dizendo que não sou como outrora
A todo instante você me agride
Me ofende me fere por dentro e por fora
No intimidade do casal que sonos
Há tempo percebo que já não me quer
Então me senti como um leão ferido
E sai correndo em busca de a

Eu gosto muito das mocinhas da cidade
Mas também gosto das mocinhas do sertão
Pois o meu peito vive nesta ansiedade
Não sei pra quem vou entregar meu coração

As mocinhas da cidade são bonitas e dançam bem
Mas as mocinhas da minha aldeia
Elas não são feias e sabem dançar

Um dia num fim de tarde em sua mansão chegou
Um mendigo em desespero implorando um favor
Preciso comprar remédio me socorra seu doutor
O meu filho tá doente está precisando urgente
Da ajuda do senhor

O doutor virou as costas fingindo que não escutou
E em uma gargalhada

Toda vez que eu viajava pela Estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava a figura de um menino
Que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço que é pra eu ficar ouvindo
Quando a boiada passava e a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda e ele saí

Casinha de pau a pique
Sem quintal e sem portão
Morada de preto velho
Preto velho pai Tião

Cantinho de uma vida
Que o tempo calejou
Preto velho que sorriu
Preto velho que chorou

Menino de calças curtas
Que lhe chama de vovô
Pai Tião quero que me conte<

Sou filho do norte do meu Paraná
Nascido e criado lá em cambará
Lugar de riqueza miséria não há
Quem quiser dinheiro é só trabalhar

O paranaense do sul ou do norte
É bem sacudido é rijo e é forte
Enfrenta o perigo zombando da morte
Cortando madeira ou fazendo transp

Paranaguá
Rodeada de serra
Que boa terra
Que lindo é o mar
Nas tuas ruas
Se vê tanta gente
Nas noites quentes
Banhadas pelo luar

Paranaguá
Se estás me ouvindo
Não estou mentindo
Tua gente é muito boa
Eu vou pra lá
Vou no mercado
Por todo

Quando eu estiver longe de ti
Ouça essa canção querida
Que eu cantarei só pra você
É um pedacinho de minha vida

No rádio está tocando essa melodia
Que a ti eu ofereço de coração
Se eu estiver distante recordará
Daqueles doces momentos terá saudade muita solidão

<

Pelo vitro dentro de um quarto em minha frente
Vejo um vulto diferente mal posso compreender
Me aproximo de tanta curiosidade porque o vulto na verdade
Chega me surpreender
E por de trás de uma cortina transparente
Sob luz fosforescente vejo um corpo de mulher
Que aparent

Amargurado pela dor de uma saudade
Fui ver de novo o recanto onde nasci
Onde passei minha bela mocidade
Voltei chorando com a tristeza que senti

Vi a campina que eu brincava com maninho
E a palmeira que meu velho pai plantou
Chorei demais com saudade do velhinho
Que