Não é difícil assim, nem está longe de ti
O limite que tracei pra que possas ser feliz
Entenda o que é viver, pois ser livre é me escolher
Dê ouvidos a minha voz! Tu conheces quem eu sou

Ouvindo a minha voz, tua sorte mudarei
Pois basta me escolher e tornar-me para ti
T

É, parece que vai ser assim
Outra vez descubro seu novo amor
Vai, esquece mesmo o que eu te dei e o que abraçamos
Nem deixe durar

Pelo menos agora eu sei que não vou confiar nunca mais em você
Em mim

Eu sou minha maior controvérsia de mim
Eu sou minha maior contro

Escrevi um poema sobre minha angústia
Dela fiz um substrato, uma matéria-prima
Tentei esculpir o que a originou
Lapidei e moldei

E desfez-se a angústia e lasca e pó
Minha obra não existe mais
Meu poema se desfez enquanto aperfeiçoei
O que houve com a angústia? Com o

Eu remo nesse mar de areia
Bem longe do mar
Sem sequer uma miragem
De onde chegar

O vento arenoso daqui
As retinas já rachou
Nem sequer as pedras venci
Minha fome me humilhou

A luz me assombra pelo dia
As trevas sopram melodia
Às margens de uma terra p

É que a canseira vai subindo sem parar
E no sertão que é fogo, só me resta caminhar
E pó que é pó, não sobe, só rasteja pelo chão
O sopro é que levanta e me carrega pela mão

Sou barro, tão solto, sou terra varrida

É largo o rio que serpenteia ao meu redor
É cheio o po