Eu desta vou conseguir, desta vez vou largar
Já estou farto, eu cansei-me do que apenas parece
Eu não sei se eu sou forte só que tenho este grito
Não contem comigo para ser Sol na terra!

Eu vivi sempre em guerra a lamber pés de puta
Não percebo as razões
Estou perdido n

Vem ter comigo depois da escola
Meu anjo incrível em pleno salto
Tremem as pernas quando pressinto
A tua coragem

São teus os dias e da incerteza
Soubesse o mundo como evita-lo
E eu na viagem desse desejo
Que é estar por perto

Voltas da Lua e trazes ao mundo

Beija-flor
Flor do céu
A cada dia a mesma canção
Nunca perguntas porque será
E eu pensado como se faz
Não é teu
Nem nunca será
É um sonho cantando
Fora de ti

Seja o que for
Deixa o tempo em paz
Se não me vais ouvir
Para quê tentar

Quero ir<

Se eu largar, eu sinto a sua falta
Se eu a agarro, ela perde a cor

Ela não é dos meus dedos
É dos meus medos
E faço-me passar por uma flor

Tento imaginar o que ela diz
À espera de aprender

À face da rua existe a lua
Mas não é tua
À margem da estrada não

É religioso?
Diga?
Cê é religioso?
Necessitava que o meu amigo
Me dissesse o que é religioso

Acredita na existência de Deus?
Diga?
Acredita na existência de Deus?
Era preciso que o meu amigo
Me dissesse que Deus é Deus

Deus é meu, eu sou o seu pai, ele

Certos dias quase me esqueço
E as coisas deixam-me estar
Fartas de um Deus com razão

Chega de paz comprada, nada só leva a nada
Pois um caso perdido é um caso arrumado

Volta e meia lá cai um santo
E fica mais pobre o altar
Resta limpar bem o chão
Certos amores

Ando à procura de um túnel no tempo
Um gesto incauto que me empurre
Sobre o momento

Desse momento de pura infância
Essa luz branda que nunca se apaga
Marcando só presença

Ando a ver se salto
Se me trago de volta
Antes do meu pensamento

Um outro homem num

O amor dá medo quando temos
Como se a paz nos apaga-se
A criança que em nós não cresce
A bola partindo o vidro
Somos nós boicotando o plano
Que traçamos convencidos
E dizemos que é a vida
Porque a voz vive calada
Mas decidida ou cansada
É como água nas frincha

Como um brilho de outro tempo
Uma estrela nunca morta
Temos sempre a porta aberta

Como um sonho de outros dias
Um olhar de velha glória
Temos sempre vida nossa

É onde tudo mora
É onde tudo existe

Nunca temos porta certa
A realidade é torta
Meu amor é

Somos a fachada
Duma coisa morta
Em vida como que a bater à nossa porta
Quando formos velhos
Se um dia formos velhos
Quem irá querer saber quem tinha razão?

De olhos na falésia
Espera pelo vento
Ele dá-te a direção

Ninguém é quem queria ser
Eu queria s

Porque paz
Eu matei
Não há mais
Nada pra esconder
Só a luz pra nos salvar
De cair

Porque amor
Eu julguei
Em guerra
Sempre se perdeu
Peço à luz por favor
Faz o mundo existir

Esquece o que é só teu
Se não queres ser só teu também

Porque

A minha mulher não é minha
É da cabeça dela
Mesmo achando que sim
Não precisa de mim
Isso é o que me agrada nela

Não deseja ser o meu mundo
Mas tem-me em seus desejos
Eu noto nos seus olhos
A nítida presença
Das nossas aventuras

Voa com seus pássaros f

Mesmo que o sinta correr
Não ouço o rio cantar
O que foi que aconteceu?
Onde estou eu?

Pode a magia trazer
Meu barco a salvo do mar?
Como foi que se perdeu?
Sem me levar

O céu abriu mesmo assim
Pôs-se uma bela manhã
Porque foi que em mim choveu?
On

Depois de passar, aprovo
Penso em vida nova
E olhos na paixão antiga
Não se esquece
Mas sem ti
Arrefece

Quando me sinto em brasa
Volto, lavei a cara
Sai o animal à rua
Que vergonha!
Traz a alma
Toda nua

Juntei uma mão de culpa
E uma colher