Estereotipados, rastejantes zumbis
Fudidos e mal pagos vivemos por um triz
Na BR-Brasil
Na estação 2000

Fascistas de merda vomitam seu ódio insano
Enquanto a mídia escrota dita a pauta do plano
Pra fuder o Brasil na estação 2000

Mercadores da fé destilam hipocrisi

Chega, pra mim basta
Afasta esse cálice de mim
Tô me lixando para vitrines
Nesse escarcéu eu sou mais um arlequim

No show da vida ninguém está a salvo da dor
Os meus acordes infames são magoas de rock’n roll
Enquanto você ri despudorada me diz
Relax, cara, relax, s

Eu estou naquela silhueta curvada sobre o lixo
Vivendo no oscilante divisor entre a loucura e a razão
Colecionando mágoas, atirando farpas ao vento
O desafeto, o feto escoiceando a barriga da mãe

A mente suicida que enxerga no fim
Apenas o desfecho de um drama vulgar
Po

Um saltimbanco um Zé Ninguém
Um alquimista, um louco zen
Uma história de dor
De páginas marginais
Cortantes como punhais
Abrindo as veias dos mortais

Singrando mares de ilusões
Voando em nuvens de mil tons
Surfe ao pôr-do-sol
Um "quê" de pierrot
Sorvendo

Me faz feliz
Preciso do seu sorriso pra me incendiar
Nas tuas manhas, tuas entranhas
Me imola aranha no teu altar
Nos teus sabores, cheiros e cores
No preço das dores de te vivenciar

Serei teu tolo, a cereja do bolo
O teu consolo nas noites surreais
Teu salvo-co

Puristas impuros
Chacais de plantão
Sujos.... Aqui pra vocês

Durante séculos por trás dos capuzes
Em nome Dele vocês blasfemaram
Agiram como vendilhões do templo
Vocês mataram e até perdoaram

Me faz mal ... Tanta estupidez
Mês faz mal...Tanta mesquinhez
Me

Neste maluco picadeiro circense
Somos os palhaços
Chorando e rindo dos nossos narizes
Disfarçando a dor

As nossas mascaras são partes de um jogo
De papéis sutís
Marquiavélica farsa real
Rolo compressor

Somos fantoches
Estúpidos boçais
To be or not to b

Eu quero é mais que o mundo se dane
Ninguém se engane a vida é assim
Tudo gira além dos nossos desejos
Num carrossel sem princípio nem fim
A solidão é privilégio dos deuses
Fique juntinho de mim

A existência é uma prova de fogo
E nesse jogo é necessário sorrir
C

Na guerra da vida somos mercenários
Farrapos sem soldo e sem pão
Vermes suplicantes aos rés do chão
A lama que se fez do pó

Guerreiros do nada em vãos desafios
Dias a fio de dor
Somos a vida ferida de morte
A Legião dos miseráveis
FILHOS DO CAOS

Restos dos

A tua mensagem infame é um hino de ódio
O teu olhar irado
A tua falsa moral
Os teus sofismas repletos de bestialidades
Reprisam o script sangrento da história do mal

A tua lábia perversa não me iludirá
A tua sanha covarde não passará
O teu ideal doentio não me seduz

Se me roubam as ilusões
Logo encontro um sonho a mais
Na minha mente paranóica eu pinto
Um mundo novo só pra mim

Mas e daí? Eu fujo da solidão
De quem reclamaria, eu morreria só
Louco que sou encontro mil razões
Pra me aporrinhar com tudo ao meu redor

Será que

Me cobri de razões e você me despiu
Mergulhei no silêncio e ouvi tua voz
Me encolhi na penumbra pra me proteger
Ceguei com o brilho dos teus olhos nús... farois

Em devassos goles bebi tua imagem
Cada gota de ausência em seco engoli
Amarguei a ironia no rosto do tempo

Você nunca vai sacar
Porque eu sou sempre assim
Baby, não interessa é que eu já estou de saída
Minha trilha é comprida e leva a lugar nenhum
Não estou fugindo da raia
Apenas curtindo a vida

Sou a própria rebeldia
O grito primal
Ser racional é ser piegas
Na E

Por toda forma de ousadia da tua busca louca
Pela ausência tão presente retalhando as minhas horas
Em minutos encharcados de alcoolizados blues
Melhor assim, melhor o fim
Valeu brincar de ser feliz
Valeram os teus versos recheados de tesão
As fantasias dissolvidas em copo

Meu sonho agora disforme é um pesadelo real
Um monstro medieval devasta o nosso jardim
Pobre de mim, pobre do meu ideal
É a escuridão abissal de uma noite ruim

É o inferno de Dante em cores surreais
Cenas repugnantes, seres bestiais entronizados
Endiabrados
Será que

Eu não quero o teu carro
Eu não quero a tua grana
Eu quero o meu
O meu lugar ao sol

Não vim aqui
Pra ser só figurante do enredo
Há muito perdi o medo
De poder dizer "não"

É que eu não quero um Deus
Só pra me julgar
Quero algo real
Como os demônios

Parabólicas, parabólicas
Parabólicas, parabólicas

Se ligue aí meu irmão

Parabólicas, parabólicas
Parabólicas, parabólicas

Sonhos de papelão

Parábolas atacam os castelos de taipa
Replicam o mesmo refrão
Televisão
Televisão

Sob a mesa posta
Pr

Você já parou pra pensar de repente
Na dor de ser e não poder ser gente
Amiúde enxotado como delinquente?

Já tomou porrada por ter pele escura
Cuspida na cara pela má postura
Foi posto a ferros em nome da cura gay?

Já torceram o nariz pra tua ousadia
De estar alh

O ar saturado de fumaça e pó
Nuvens de fuligem vê-se a olho nu
O mar já não guarda farta vida e mistérios
Sob as negras manchas que lhe roubam o azul
Espécies extintas outras que agonizam
Natureza morta sob a visão torta da ganância vil

A fome impera em todo recanto

Eu faria qualquer coisa
Só pra não ter que chorar
Uma droga, algo que faça
A razão me abandonar

Me deixe só
Me deixe só com o meu fim

Agora eu vou beber o tédio
sorver a raiva da sorte
No cadafalso de um blue
Talvez assim beijar a morte
E quando tudo a