Era onze da noite quando entrei no meu carro
Acendi um cigarro e vi as horas passar
Tomei um gole de sorte, olhei as luzes dos postes
Naquele loop eterno, eu não saia de lá

Já é o terceiro maço que eu trago tentando entender
Por que ainda tenho teu retrato no meu quarto

Já fui jogado a correntezas que me levam até você
Eu tô confuso, eu tenho medo do escuro
Me usa de escudo que eu garanto te proteger
Se fosse fácil te esquecer eu não estaria me pegando pensando outra vez
Em você

E se eu pudesse eu voltaria no tempo
Só pra rever os meus

Afaste-se pois você não sabe o que te espera lá fora
Mantenha sua calma que o perigo tá batendo a sua porta
E vai correr pra aba da mamãe achando que ela vai te proteger
Você é papagaio reproduz tudo que ouviu
Eu tenho pena de você!

Nem adianta tentar por que tu sabe que tu

Eu vim dizer sim senhor, que o nosso disco chegou
Exterminando planetas e causando terror
Trazendo mais que sete pragas do Egito
Teus ancestrais te avisaram, teu destino tava escrito
E os antigos disseram que a gente vinha abduzir
Vamo comer teu coração com farinha do uarini<

Alô, Deus? Me desculpa tá ligando assim de novo
É que eu quero uma nova forma de viver
Pra quê? Se amanhã eu vou me arrepender de novo
Pois não sei jogar o jogo que você me deu

Tentei atravessar o tempo, só que ele tá correndo
E dessa vez tá mais difícil de eu acompanhar

Alvorada Rockstar, escuta o que eu vou te falar
Chegamos na cena trazendo as centenas de milhas e minas
Loucas perdendo a linha
Meu corpo tá fechado pra visitação
Mas com esse doce carisma eu tô abrindo uma exceção
Chegou pedindo contato do Pedro, do Leo, do Rafael
Só não

Quando o dia amanhece, tô cansado de viver
Essa mesmice, essa rotina só me faz enlouquecer
Eu não sei o que fazer
Eu não sei o que fazer

Nadando contra a corrente pra tentar sobreviver
Olhando o céu, vejo as estrelas, eu me lembro de você
Eu não sei o que fazer
Eu n

Ê, ê, ê, ê, ê, ê, ê, ê, ê
Ê, ê, ê, ah, ê, ah, ê, ah
Ê, ê, ê, ê, ê, ê, ê, ê, ê
Ê, ê, ê, ah, ê, ah, ê, ah

Ê velho guerreiro
Segura ligeiro senão o banzeiro
Te leva pra longe do teu balançar
É temporada de caça
O Sol escorraça e a noite apaga
Quem tem a ousadia

Sou o bicho-homem
Sou o rei desse pedaço
Sou peara do regaço
Se não fores do meu clã
Eu te condeno, eu te rechaço

Sou guerreiro tropicante
Sou anil, sou azulante
Sou amante, sou galante, sou
Sou guerreiro tropicante
Sou valente, si da dor
Sou da guerra,

Conduta!

Moleque eu não quero fazer você sorrir
A coisa está foda sem querer se divertir
Sem dinheiro, sem juízo, ou lugar pra onde ir
E eu aqui procurando mil motivos pra fugir

Olha pra minha cara moleque, bigode velho!
Você não faz ideia de ser julgado no inferno

Sempre me dói ter que dizer
O céu pra mim é tudo que existe agora
Entre eu e você
Sigo perdido na estrada até essas horas

Sem saber
O porquê

E eu vejo as luzes de Natal
Será que tudo até agora fez sentido?
E amanhã vai ser melhor
E ano que vem vai ser melh

Carranca na beira da ladeira
Sou eu é quem mando aqui
Na segunda-feira mandei acabar com três vidas
Porque não tolero provocação
Não, não, não
Não, não, não
Não

Carranca na beira da ladeira
O vendedor que faz sorrir
Na quinta-feira te trago flores e velas

A chuva cai
O céu me traz
O teu olhar
E me faz sonhar!

Eu lembro de sentir o seu calor
Quando existia sombra pra nós dois
E depois de muito Sol
Já não lembrava o seu sabor
Nem o que levou

Tenho saudade de tudo no submundo
Escuro de almas que já não tem

Todos os dias viraram domingos
E o céu nunca esteve tão limpo
E eu nem consigo mais ver TV

Covas rasas ao Sol
O mundo mais uma vez não girou
E eu não sinto seu calor aqui porque

Todos os dias viraram domingos
E o céu nunca esteve tão limpo
E eu nem consigo mai

Um hiato, fumaça tampando a visão do meu quarto
Tropical sideral
Um chip novo pro velho animal
Um sorriso artificial de um apresentador reaça
É assim que se molda a massa
É assim que se molda a massa

Uma nave pousou lá no meu quintal
Eu não sei muito bem a hora

Índia brasileira me trouxe uma recompensa
Apresentou mais duas almas brancas na minha mesa
De noite vira onça que é pra poder caçar
Vai aparecer naquelas noites de luar

Índia não quer mais seu cachimbo da paz
Sangue de filha da puta é o que lhe satisfaz
Meia-noit

Eu vou contar uma história de um fato verdadeiro
De um cabra brasileiro que se chama Juvenal
Que foi parar atrás das grades da sua terra Natal
Por que estava numa esquina tentando vender um sal

Mas não era sal coisa nenhuma, era cocada da Colômbia
Ele vestido de homem-aranh

Eu nunca mais sorri desde que eu cheguei aqui
Mas não é hora de chorar, vou procurar outro lugar
Meus sonhos todos jogados na escuridão
Dentro de um quarto escuro junto ao meu coração

Baby tu se foi, mas o tempo não passou
Quero te encontrar pra escapar desse terror
Eu

Dias sem Sol, noites em claro
Celular tocando, coração desligado
Eu penso em você, mas prefiro só pensar em nós
Eu penso em você, mas agora não existe mais nós

Fiz uma ligação pro seu coração amor
Mas eu só cai na caixa postal
Lembrança do seu cheiro no meu cobertor

Escuta essa história que agora eu vou te contar
Desde pequeno largado, esculachado e humilhado
Tentando manter a calma com essa pedra no sapato
Amor ao próximo é uma parada que eu nunca nem vi
Eu vou fluindo na cena, já comi muito jaraqui
Vai pegar soco na cara e agora é a mi