Lembre-se dos trevos da sorte
Brilhos intocáveis complexos de luz
Nas minhas mãos invioláveis no teu corpo
Sedentas de iguarias de prazer
Duas mãos coladas nas águas do Rio de Janeiro
Bem ao centro de uma esfera

Eu vou até os seus pensamentos
Lento como um relógio p

Estou no alto
Razo nas ladeiras
Auto ato de se pronunciar
Nestes tons cinzas
Nos edifícios morros e favelas
Nos palácios e nos senados
E na suja poeira branca
Que vem rolando lá em Brasília

Estou nos teatros
Bizarros e profundos sonhos
Museus e velórios

Tempos pré-históricos
Um homem primata vê um disco voador
Será que nós somos os únicos
Beneficiados no universo
Estamos a sós?

Eu sei que ninguém está só
Eu sei que ninguém está só

Mas se a matéria viva está submetida
À leis tão universais acredito que não