Princesa guardiã, amiga espiã
Perfume de maçã e olhar de irmã

Toda manhã debruçando na minha janela
Meu bem te vi confirmando que a vida é bela
Lembro você de teimosa
Crescendo no meu jardim
Até vencer alguns andares

Hoje te pego invadindo a mesma janela
Cheia

Enquanto a chuva cai
Eu canto pra você
Histórias que não tem final
Enquanto o sol não sai
Abraço o violão
O céu esconde o luar
Que agora vejo em seu olhar

A música me vem
Enquanto a chuva cai
Molhando o jardim do amor

A rosa brota sem saber
Poesia

Vê quantas voltas tem que dar o amor
Fica com medo de querer chegar
Paga promessa que não fez
Diz a verdade ao mentir
E não tem volta não, volta não
Olha no espelho e só vê o amor
Agora sabe que perdeu a paz
Jogou o laço e se prendeu
O inesperado aconteceu
A

Terrível sedução jogou a isca e fisgou meu coração
Efervescente poção me incendiou, despertou-me um vulcão
Passei a noite procurando os olhos teus
E no céu não tem estrela que nos faça arregalar
É cobra atrás da moita, é um eclipse do luar
Um cometa, um faz-de-conta, um diama

Faz tempo a gente queria
Morar em outro lugar
Minha mulher insistia
Na qualidade do ar
A praia tem maresia
No cosme velho não há
Melhor a paz da montanha
Pra relaxar

Depois dos primeiros dias
Não dava pra acreditar
De noite o tiro zunia
Traçando as b

Pula fogueira, bate palma, faz feitiço, o que for
Tua medida exatamente é a medida da flor
O tempo dono dos espinhos e do mel
Só faz de conta que te quer de um tanto quanto eu

O sol a pino, o teu perfume, a tua voz a chamar
Que maravilha, vilhamara, seja lá o que for
De

Acorda ligeira e vem olhar que lindo
Sobre o morro sol se debruçar
Leite novo espuma dessa madrugada
Passarada vem te despertar
Tantos pés descalços
Posso ver meninos a correr na direção do dia
Banho de açude alegra e lava o corpo
Fruta fresca é pra te alimentar

Por que fizeste sultão de mim, alegre menina
Palácio real lhe dei, um trono de pedraria
Sapato bordado a ouro, esmeraldas e rubis
Ametista para os dedos, vestidos de diamantes
Escravas para serví-la, um lugar no meu dossel

E a chamei de rainha, e a chamei de rainha

A.....mor aventu........reiro
Invade o meu coração sonhador
Le......va pra longe a dor
Quero viver com você
O tempo intei. .....ro
Todos os dias replantar
Todas as noites acender
Todas as músicas
Que a voz pode cantar
Prosas e versos escrever
Cores e t

Supõe Ana Luiza se a guarda cochila
Eu posso penetrar no castelo
E galgar a muralha de onde se divisa
O vale, os prados, os matos
Os montes, as flores, as fontes
Luiza
Ana Luiza
Eu fiz esta canção pra você
Que pergunta
Precisa saber
Onde anda Luiza
Lui

Aprender a Ler
Aprender a escrever
Aprender a conviver

Todo mundo aprende
Eu aprendo com você
E você comigo vai aprender

Não para nunca
Não acaba nunca
Nunca vamos parar de aprender

Não para nunca
Não acaba nunca
Estudar faz a vida valer

Co

Melão melou
A casa casou
A bola bolou
A rôla rolou
O mato matou

O dia adiou
A gia giou
A pia piou
O pinto pintou
O boi boiou

O gato engatou
O pato empatou
A pomba empombou
A paca empacou

O galo galou
O ralo ralou
O calo calou<

Foi nas caravelas de El Rey
Que eu aprendi a singrar
Águas e ventos sem lei
Novas terras buscar
Mas hoje vejo no cais
Inquietos barcos dormir
Pois que o cordame do porto
Lhes rouba o partir

Eu sou como os navios
No porto a se afligir
Lutando contra os nó

No céu de uma criança tem tantas asas a voar
Tanta pombinha branca que não se pode imaginar
Infinito azul, raio de amanhecer
Nuvem que pode ser tudo que se quiser ver

No chão de uma criança tem tanta transa de brincar
Tem ciranda e tem dança, balanço e bola pra jogar
Te

Como se fosse uma nave
Você pousou
E que pouso suave
Mais que ultra-leve
E essas asas nos olhos
Tiram poeira do meu coração

Como o verão
E as surpresas que faz
Como se os barcos não tivessem cais
E as nossas vidas perdidas no mar
Se encontrassem em paz

Minha canção atravessando a cidade
Espalha dentro da tarde
Um sentimento de rima
Sonha te encontrar na manhã
Das derradeiras aldeias
Ou num castelo de areia
Onde a saudade termina
Me ensina minha canção espera não chegar tarde
Iluminando a cidade
Silenciando a

Um pintassilgo serelepe no terreiro avisa quando
é pra se cantar, João Rosa disse muito bem o povo
quando canta não, não, não morre não.

Quem conta história nunca perde o juízo se der
manota não importa não, a vida gosta de caboclo aprumado
eu digo pro senhor meu suste

Presos pelo destino
Num pedestal
Azul de cristal
Um par de bailarinos
De gestos imortais,
Sempre iguais,
No drama de uma cena sem fim

Ela se desengana,
Se desespera
E salta no chão
Quebrando a porcelana
E a longa espera em vão
E o seu último praz

Saio de casa
Deixo a porta atrás de mim
De cara pra rua
Meio procurando assim
De olho na lua
Reflexo no vidro de um carro azul
Ligado no rádio
Pegando carona num blues

Caio na teia
Deixo a noite me engolir
Ligado na estrela
Dando uma bola por aí

Nessa menina eu tenho uma mulher
Será, porém, de quem souber
Quando a água limpa transbordou
Alguma fonte não mais secou

Os meus vestidos todos furta-cor
Entretecidos à luz da solidão
Guardam num lugar, entre plissados
A estrela ardente do meu coração

Os bouga