Foi quando eu cansei
Que senti a energia voltar
Foi quando eu parei
De contar com a sorte ou o azar

Que o tempo se abriu
Pra que o sol começasse a brilhar
Que o vento surgiu
Para a velas do barco soprar

Eu naveguei pra bem longe
Pro fim do horizonte onde o

Uma história a repetir
Uma bossa pra tocar
Acordes pra decalcar
Como o vento que soprou
Como a água que há no mar
Como um sino a badalar

Não consigo traduzir, tento exemplificar
Mostro os versos que eu fiz
E sei que não vai adiantar achar pra o novo um lugar

Dizem que nascemos estrear
Mas como pode se o show já começou?
Os tornozelos se esticam em volta
É a platéia se espremendo na porta

Todos eles aparentam se divertir
Com truques falsos, antigos, desmascarados
Com ilusões que eu reconheço
Mesmo antes de nascer

E

Me vejo indo numa contramão
andando por aí
procurando uma resposta

Volta e meia uma contradição
E tudo que era bom
Já não tem mais volta

Continuo a caminhar ainda sem ter direção
Prestes a me abrigar na solidão

Sem sentido pra viver
Sempre alguém a me ju

Não diga que já é hora de ir
Não depois de tantos risos e lembranças
Se te peço pra ficar é o desejo que esta noite fosse eterna
Ah! Eu sei tão bem outro dia igual a este nunca mais.
Já é muito tarde. Não para o tempo, sim para nós.
Precisamos descansar, continuar as nossas v

Ela vai cantar, quando eu pedir
Fazer um par, se distrair
Ela vai viver, sem controlar
O que pensar, vai acontecer

Eu tenho um motivo pra me aborrecer
A vida que escolheram pra ela
Enquanto a revoada toma o seu lugar
O ninho aquece

Ela vai crescer, sem esperar

Por muito tempo acreditei
que as coisas fossem ser difíceis pra mim
Já que todos me avisaram "Você está ficando velho"
eu não me sinto assim

não conseguir ficar em pé por meia hora
não é causa pra se desesperar
a vida dá contrapartidas
cabe a você aproveitar

E

Se depois de pouco tempo
Fez-me sentir tempo demais
Se forçar já não dá pra fazer
Você lembrar do rosto
De quem deveria ser o seu herói

Se tentar e mentir
Já não faz você sorrir
Pelo contrário

Se formar um mar ao seu redor
Veja bem, talvez seja a hora de m

Outra vez eu sentei no banco de uma praça.
Vi uma criança ou duas brincar, e não achei graça
Talvez não dê pra rir com esse pó de arroz na cara.
Com os meus olhos caídos e os meus sapatos de borracha
Ou talvez não seja eu um palhaço que sentou na praça

Levantei, quis dançar

Mais um voo imperfeito.
Já de volta, com os pés no chão
Já não lembro mais, será
Que devo ignorar minha vontade de subir?
Quem me olha desconfia
São segundos para a colisão.

Eu estou aqui, o vento para de soprar
As asas teimam derreter
Era tudo que eu queria

Pra que tanta raiva?
Certa vez um homem perguntou
As coisas não andam bem
Respondeu aquele senhor
Meu filho mais velho não procura onde trabalhar
Não sei o que pensa, o menino vive a delirar

E naquele quarto começava uma revolução
Um desperdício a todos que olhavam<

Vindo do final começa a história
Uma garotinha encolhida
Se acaba em prantos
Sente que ele é tudo que sonhou

Sob as folhas de pele vermelha
O garoto deixa a cidade
Ele vai seguir o destino que traçou

Então vai fugir sem deixar pistas
De onde está

Ela não

Passei noites em claro pensando
Mas talvez não seja essa a hora
Noto que as noites são tão longas
Sem saber a decisão do meu
Próximo instante

O silêncio, um quarto escuro
Me abraça minha solidão
Me convida pra dançar
Vem aqui segure a minha mão

E contigo e

Não, você não sabe de nada.
Há tanta coisa guardada
Que você nem pode sonhar
Quando você fala com ela,
Ela se move com graça
E vai sem dizer
O que há no seu coração

Ela decidiu
Não mais se deixar enganar
Tudo que lhe fez sofrer
Não pode mais lhe tocar

Algumas pessoas nascem para enlouquecer
Outras vêm ao mundo apenas para delirar
Eu não sei quando mudei de opinião
E também não acho que eu preciso saber

Em cada passo vai cedendo espaço a razão
E a loucura dança em mim como um Deus

E eu não pretendo resistir
Quer