Eu, muitas vezes me pergunto como foi que eu cheguei até aqui
Sobre o que eu penso, o que sinto e quero, só estando dentro de mim

Mas pra entender de vez o que sou é melhor parar e sentar
Tem muita desordem, mas rumo pro norte
Mas um norte que eu não sei aonde está (eu sei bem

Quem disse que eu quero te ouvir me falar
O que devo fazer, ter ou gostar?
Não venha com a reza me catequizar
Essa escrevi só pra te encarar de frente

Pode mudar o rumo e daqui vazar
Não vejo você pra não me cansar
As suas correntes não vou arrastar
Sua tara por mim

Vou te convencer que a chuva que cai
Não vai causar nenhum mal
Isso não tem como, você pode esquecer

Deixar molhar, soltar o cabelo
E apertar os olhos pra enxergar
Tudo bem melhor, que seja

Pela pureza da água
Lavando sua alma e então
Dance rodando num banho d

Eu aguento
O açoite que transpassa pelo tempo
E embora a minha cor seja forte
Mas não combina com seu branco neutro

Não lamento
A dor é ancestral e sem momento
E tudo que me sobra é a sorte
Não vou argumentar, seu branco isento

Vai dizer que não é nada
Que

Pra desagradar é só contar tudo
E num conto de fadas de uma terra distante
Um andante esquerdo inventa um errante destro
E na morte do esquerdo, o destro o ressuscita
Simbiose estranha pra vida inteligente
Viventes iguais em lados opostos
Cada qual ao seu jeito, criando o

O Bozo brincando de batalha naval
E na live de quinta no seu mundo irreal
Delirando afundar barcos comunistas
Falseando a verdade como um líder fascista

Transforma o jardim do palácio real
Num pasto de engorda, gado surreal!
E pra beira do abismo é o país que caminha