Passa o rio refletindo o sol
Entre o que restou da ponte
Pedras sem razão
E um pranto inútil
Na volta em vão
Lá na outra margem
Tua imagem só
Fita o rio no horizonte
Fonte de ilusão
O olhar é a ponte do coração

Vida, eu vim cansado
Regressando ao pas

Caiu manso como a flor
Despetalou, morreu
E o morro madrugou
Levando um samba seu

Abre alas meu senhor
Que o samba entrou no céu
Deus lhe tenha eternamente
Numa roda de Noel
Se saudade fosse chuva
Temporal na despedida
Nossa escola era um aguaceiro
S

É de chinelo brando
De bermuda velha
Displicentemente
Camisa colorida
Estou feliz da vida
E tomo chopp quente

É dia de pelada
Vai ser goleada
Eu vou ganhar no berro
É o sétimo dia
E como Deus dizia
Ninguém é de ferro

Hoje eu não faço nada
Q

Naquele tempo
O sentimento
Tinha sentido e de bonito até chorava
O choro doce como se fosse
Dentro da gente só aquilo que faltava
E nazareth fazia gosto
Trazer no rosto
Um sorriso que o sossego desenhava
Aberto e franco em preto e branco
Que num domingo a vida

O que demorou pra subir não está no gibi
E enguiço de elevador
E eu na pior por aqui

O que demorou pra subir não está no gibi
E quase que eu morro de dor
E você nem aí

Ficou naquele chove não molha
Sem definição
Virava de um lado pro outro
Sem achar posiçã

Não, não vou perder
O sentido da canção que não se fez
Não vou mais dizer
Os meus versos com palavras
Que a gente esqueceu
Ninguém ouviu
Nem pôde ver
De repente a solidão e a dor cresceu

Ah, meu bem, talvez
De silêncio em silêncio
A gente possa tentar ma

Laura y Tommy se amaban
Siempre le quiso regalar
Flores; besos, y eternamente
Su corazon.

Un dia domingo un anuncio leyo
Y en su auto el quiso correr
A Laura el trato de llamar,
No la encontro y a su madre llamo.

Dile que la quiero,
Que la necesito,
Qu

Irerê, pássaro cativo
Irerê, braço de galé
Irerê, negro fugitivo
Irerê, príncipe-guiné

Ferro quente, faz sinal
Marca de "sinhô" qualquer
Irerê parte o grilhão
Mata um montão
Cai do porão
Na maré

Irerê, pássaro proscrito
Irerê, revolta a ralé
Ir

Além da razão
Se prende o olhar
Na dança desigual
Das grandes sombras na parede
Formando o medo por você
Você já dormiu
E esse lugar
Não reconheço mais
As sombras formam longos braços
Se debruçando sobre nós
Tentei ligar o rádio
Mas não pude ouvir dire

Tinha um mirante em Amaralina
Mirando o mar maravilhado

Irmãozinho, faça um canto das dores do seu martírio
Se o amor se muda em ódio
o lodo se troca em lírio
Lance fora essa tristeza
Tire versos do cansaço
Mesmo com canoa boa
É preciso ter bom braço
O miran

Em sangue fez-se o sol
E o sol dourou meu sangue azul
Canções de amor cantei
E o coração deixei no sul
Do meu país
Fui feliz!

Em muros de alecrim
Plantei meu sonho
O vi nascer
Viagens que não fiz
Miragens, formas
Que nem sei
Mas fui feliz, tão fe

Sou paciente, vou esperando
Fico pensando, meu amor, quando lhe vejo
Que bom seria se você pudesse me compreender

Você passando e eu lhe seguindo
Com olhar tristonho, o seu amor eu vou pedindo
Mas você finge não ligar meu sentimento
E nem sequer por um momento me permit

Pagode redondo é este
Que eu não quero não peço
Não vendo não dou bis
Se é pra hoje faço hoje
Amanhã já não sei
Onde estou

A sorte empurra pra frente
O azar empurra pra trás
Nesse empurra empurra a gente,
A gente não sabe o que faz
Entra um

Quero ser
O teu momento
Teu passatempo
De nunca passar
Quero
Marcar o meu rosto
No suor do pescoço
Do velho colar

Eu quero
Cativo, buscar abrigo
Ao pé da noite
Nas mãos do luar
E descrente da fuga
Ser teu quarto crescente
No mesmo lugar

Sou carioca do estácio
Do estácio de sá
Tenho meu nome gravado na escola de lá
Eu já fui porta bandeira
Eu sou flamengo e mangueira
Desnecessário dizer
Que eu sou do samba

Modéstia à parte senhores
Sambista quem é
Dance balance não canso
Se o samba é de

Ah, que saudade, amigo
Caixinha de fósforos foi sua marcação
Se acaso você chegasse
Eu digo que bom seria
Novamente o formigão
Ah, que saudade

Ah, que saudade, amigo
Caixinha de fósforos foi sua marcação
Se acaso você chegasse
Eu digo que bom seria
Novam

Percorro a favela naquela de quem não quer nada
Sem eira nem beira, na noite apagada
Lembrando dos olhos daquela mulher
Navalha afiada pro que der e vier
Troquei meu terno antiquado por gola rolê
A vida é melhor pra quem sabe viver
Diante da morte não tem nem talvez
O

Hoje eu vi você passando aqui
E me lembrei do que sofri
Pelos caminhos da tristeza
Me amparando na certeza desse dia
Ah!... não sei dizer de onde eu vim
Deixei você, cheguei sem mim
O meu futuro é meu passado
Eu trago amor desesperado
E em agonia
Se eu não par

Deixo a saudade correr
Viola em punho
E com papel de rascunho
Pra escrever
Vem caindo a tarde lentamente
Finalmente vem a inspiração
Nasce o luar
Entre as cores do poente
E de repente eu descubro
Com prazer
Que o vermelho e branco
Cores do salgueiro