Branco do Papel
Quando começou o céu
Era mansidão
Eu não

Era de manhã
Quando o céu adormeceu
Você tava lá
Choveu

No meu abraço esquecido
Guardo o adeus nunca dito
Dá pra fazer o infinito
No meu abraço vazio

Ah!

No meu abraço esquecido

É tão normal eu fico triste e tal
E bem de boa quando estou feliz
Buscando um rumo as vezes não encontro
Mas eu sempre canto amor que é de raiz
Buscando um rumo as vezes não encontro
Mas eu sempre canto amor que é de raiz

Raiz

Às vezes grosso por falar demais

Como os deuses do Olimpo
Perenes, bonitos, fortes jovens e eternos
Nós não somos
Somos carne
Ossos efêmeros, frágeis, homens, mortais
Como os deuses do Olimpo
Nós não somos, somos mortais

Como os deuses do Olimpo
Perenes, bonitos, fortes jovens e eternos
Nós

Quero ser salvo do céu
Ser a revelia dos que são
Ser não sendo os que são
Adoecer nesse ser são
Deste chão
Não ser
Não ser da seção de seres sãos
Seção de ser são

Quero ser salvo do céu
Ser a revelia dos que são
Ser não sendo os que são
Adoecer nesse

Do amor que finda a infinita
Vacila a bailarina com o seu laço de fita
Delirante retina
Passos tortos, acordes suspensos
Instantes Mortos

Volta, Voa, Solta, Soa
Vem vacilar no meu canto
Volta, Voa, Solta, Soa
Neste acalanto

Dos seus traços sou refém
E

Quando os meus olhos tocaram os seus
Quis fazer o bem de mim
Pra materializar a paz
E te dar de vista

Quando minha voz te deixou sorrir
O presente foi todo meu
A paz foi você quem me deu
E eu a reconheço

Vem!

Faz tempo que ninguém
Me acorda tanto bem

Jogo de luz e sombra
Minha cabeça é cheia deles
Medo e agitação
Me edito em pensamento
Assisto me do centro de mim

Abaixo do meu umbigo habito
Me inspiro até deixar levar
Troco o foco, troco o ar
Deixo me cair, derreto
E assim me sinto levitar

Mãos em