Anaraganhê

Eu não sou mais o seu menino e tu não é mais minha mulher
Perdeu-se o cio perdeu carinho, perdeu-se tudo que o amor quer
E o meu estômago doía bem mais que o meu coração
É mais um acaso do absurdo onde ninguém tem razão

Iêe anaraganhê, acassy ê tessay ah<

Quando voas bem alto assim
É mel de sua flor
Você quer mais forte e diz
Bate meu amor

Quero a vida assim
Você dentro de mim
Ir dormir com o sol
Num ritmo sem fim

Borboleta libertina
Que pousou no meu quintal
Daí me seiva, daí me vida
Tudo é natural

Lá na gruta do Morro Doce, eu me escondi bem na ribeira, vim de precata e de peixeira, atravessei o Rio Chuá. Senti o fedor que o vento trouxe, foi de carniça e de chiqueiro, veio rasgando o juazeiro, chegando no matagá.E eu corria feito doido, vinte cabra ao meu encalço, eu rolei morrinho a bai

Ela disse que queria me ver
me ensinar tupi-guarani
ia tomar o santo daime comigo
deixando algo para voltar aqui.
Na apostila eu vi um índio chorando
e uma estrela caindo no mar
vi o contrário do oposto chegando.
Não é o acaso, como se há de chamar?

Um rio bra

Porque ela é filha de oxum
Ele é ateu, mas acredita no Deus cinema
Porque homem nenhum,sem dread lock
Mas ele veio com o toque de um Deus youruba
E só ela sabe que a paisagem do seu rosto não precisa de pincel
E só ele sabe quais recados os anjos mandam ao céu

E ela que

Meticuloso como uma metamorfose
Dura e evidente como a fome real
Pura e cristalina como água da nascente
Determinado como um monge do nepal
Ainda lembro da flor que dei àquela menina,
Que quando canta brilha os olhos de mel
E o seu sorriso toda a tarde ilumina
Seu can

É vento morno nos teus cabelos, areia fina no teu andar
Sol fim de tarde na sua pele, pérola negra no teu olhar
Um rio que corre sorrateiro não pede conselho nem razão
Tribal no corpo, corte mateiro, que vem do olho do dragão
Menina moça derrier redondo lindo, lindo, lindo
Pe

Calça a precata menino e vai pra feira buscá
Fava, angu, brevidade, ximango, coco e fubá.
Monta nojegue brejeiro, cuidado com o animá,
Se bater forte no lombo, ele periga pular.
Bate bem forte a cancela, que o som vou imaginar,
Cordel do fogo encantado, com o tambor de nana,<

Óh será verdade se não?
Se na beira do chão, vi você
Óh sangue punjando na mão.
O sopro cinza alazão do padecer
O esmalte dela uma lama salgada,
na mão do aceno eu vi uma adaga
cortando o espaço, trincando em cansaço,
perdido no laço
de te perder

e o po

Lá de longe, era um alazão domado,um asfalto enfumaçado, uma névoa que aqui não vem
Foi chegando como um universo desquerido um garrote mal parido perdido como ninguém
E aqui bem perto ficou, me botou de quatro, amor
Me deixou amasiado com cara de boi lavado cantando pra ti,
feli

Vingança
Ô, ô, ô, sou do brejo sim senhor
Sou neto do véio Zeca
E Também de Agenor
Quando Gonzaga veio em casa, me ensinar a andar de jegue, veio com um filho de Anália, mas o diabo que te carregue, o bicho não parava em pé, querendo me aporrinhar, ou andava de ré, ou não saía d