Essa é uma linda história de amor
Que eu vou contar pra vocês
E toda de uma vez
Que é pra eu não me enganchar
Pois toda vez que eu penso nela
Eu sinto que vou desmaiar

Eu tava na lagoa vendo a vida boa
Que maravilha, que maravilha!
Peguei minha canoa que é movid

Há anseios maiores que os meus
Em seios maiores que os meus
Então, por que será que eu me sinto
Tão perto do fim?

Se essa coisa juvenil que um dia me deixou a mil
Amadureceu
E madura perdura por toda eternidade em mim
E eu que me sinto tão perto do fim
Já não ca

Posso até não ter dois olhos que se chorem em tinta
Posso até não ter as ondas de ressaquear
Posso até não ter o cheiro que o universo aspira
Meu amor cabe num vaso. Flor de se plantar
Breve

Posso até não ser veloz como esse mundo pede
E, na ida pra cidade posso demorar

Tem jeito não, tem jeito não
Quando eu fui ouvir a moça oferecendo cartão

Tem jeito não, tem jeito não
Fui comprar um celular
Faltou arroz com feijão

Tem jeito não, tem jeito não
Vou passar mais essa roupa porque tá de promoção

Tem jeito não, tem jeito não
S

Como se fosse uma tarde tranquila
Eu saí assim, saí assim
Tão desatento ao mundo que ia ruir
E onde eu pisava, passava, olhava
Sorria pra mim, sorria pra mim
Toda a cidade armada para me iludir
Ah, que ruas cruéis
Que me fizeram tão jovem cair aos teus pés!
Ah, me

Fruto de encantos paternos
De infernos temporais
A indigestão criou pernas
E duas asas desiguais

Batizado longe do berço
Entre os beco lameais
Ensinado assim quase a esmo
Vozes de um sermão sem fé

Vem tremendo desde pequeno
Foge a mãe do cafuné

Magoou nem viu, quando eu passei
E o frio, que eu senti, reinar
Assumiu enfim, a forma real, e a casa fechada ai ai
Quando eu chamei, pra passear

E a flor que se abriu
Na minha manhã
Deixei o orvalho comigo

Não era você
Não mais
Não mais
Não ma-a-a-a-a

Ela humana mano e amiga minha
Ela humana mas não é normal
Lágrimas frustradas caem dos seus olhos
Lágrimas frustradas caem dos seus olhos de animal

Ela é humana mano e amiga minha
Ela é humana mas não é normal
E lagrimas frustradas caem dos meus olhos
Lagrimas frust

Você ouviu esse barulho?
Não?
Esse ruído?
Não?
Aguce os sentidos
Não?

Me deixe pegar na tua mão
Mas que tragédia eu sou
Você ouviu um grito ao longe?
Não?

Batidas do meu coração
São passos de quem quer fugir
Mas que tragédia eu sou

Aaah,

Vai lá!
Quero ver
Vamo lá!
Faz pra mim
Diz pra mim
Como é, pra eu saber
O que você fez pra expulsar dessa aldeia gente viva

Vai lá!
Quero ver
Vamo lá!
Faz pra mim
Diz pra mim
Como é, pr’eu saber
O que você pôs no almoço e na janta
Saliva<

Chorei todo o rio desse meu peito
Que é pra ver se surte algum efeito
Decidi por fim acreditar em mim
Acreditar em mim vai ser melhor

Desde que saí só bola fora
Tive até vontade de ir embora
Dizem que não dá pra continuar assim
Acreditar em mim vai ser melhor

Corda do mangue anda tremendo e te balança inteira
Essa mulher que anda com o fio nas mãos
Os olhos perdem o perdão que não entendo
E ameixas no sonhos de quem não tenteis
As luvas se confundem
Com corpo, cor de lugares
A lama se mistura ao gosto dessa acidez

Urbana

Você não entende nada disso
Sai daqui, que isso é macumba
Não é umbanda

E cê lá se importa com o que tem dentro do coração
Pegue essa alegria e vá simbora
Sai da minha porta
Porra!!

É que eu to quase morta
É que eu to quase lá
É que eu to quase louca
E

Não havendo o que falar
Cala
Eu não vou ficar fazendo sala
Pra me aprofundar nessa trama
Nada mais profundo que a cama

E você
Quando é que vai voltar aqui?
E você
Quando é que vai voltar aqui?

Tanto, tanto de mim
Já não comando. Minha mente indo ao teu