Doutor delegado eu vim fazer uma queixa
Essa mulata não me deixa
Ela me segue, me persegue, me procura, me tortura
Quer levar-me à loucura
Eu já lhe disse várias vezes que tenho outro compromisso
Que vou dar um chá de sumiço
Ela não entendeu, diz que me adora e nunca esqu

Dadivosa
Faz graça de graça
Me atiça, graciosa ela passa
Mentirosa, é minha glosa
Que a traça raivosa transpassa
Não há quem passa
Com a troça,
Me ataca, vidraça
Destroços do que era antes de quebrar
E se afogou
Ao ouvir um canto
Que era um pranto

É moço eu já sei, sei que está ruim
Mas não vou chorar, nem vou desistir
Nunca de tentar, a vida é mesmo assim...
Quem tem muito acha pouco
Quem tem pouco é sempre pouco, e quem não tem acha ruim

Vou tentar mudar de vez essa situação
Eu vou estudar prá ter bem melhor po

O som corria decente na gafieira, mas eita!
Pintou sujeira, é os "homi" entraram em cena
Sem dó sem deus nem pena armado até os dentes
A platéia chiou, um chiado em vez de baião
Baião, xaxado em vez de arrastão cacete, em vez de arrastão cacete
Valha-me deus gritou zica
D

Sofrer chegou ao fim
Ao demônio que há em mim, adeus

Sim digo adeus outra vez
Nunca mais vou morrer de amor, talvez
Pois você conseguiu
Exorcisou o meu dom de amar

Não, com você nem pensar
Sem você vou buscar minha paz aonde for
Fica com esta canção, toma o me

virando lume catando fogo
virando brilho cantando essa dor
virando o tempo, a noite, menina
tropeça em letras meu amor
virando chuva guardando o cais
olhando a fita virar o som
guardando à toa olhando o céu
que traz em tempestade teu sabor

eu mordo a noite, inve

Sou dono de mim
Faço o que quero
Vou onde desejo
Não tenho compromisso
Nem levanto cedo
Só quando acaba a grana
É que eu arranjo emprego

Sou camarada, muito considerado
Me chamam de gente boa
Amante da justiça mas não brigo à toa
Pois quando a barra pesa

Vou te contar agora como eu me guio
E a que virada o meu leme entortou
Pois eu te falo é da guinada do meu mote
E a tempestade que bem perto anunciou

Eu encarei o mau caráter com um sorriso
E fiz de conta que corria tudo bem
Não tem pra quê reverberar tanto litígio

Tanto reza quanto chora/ quanta prosa que te pesa
Tanto rega quanto colhe/ quanta chuva que te pega
Tanto pede quanto sobra/ tanto sobra, tanto sobra
Tanto blefa quanto joga/ quanta gente que te prova
Tanto luta quanto pode/ quanta gente que te prova

Tanta rosa que se escol

Parte como quem parte
Culpada das vontades que causou
Em esforço avesso
Vivo do instante silêncio
Vivo silente em teu louvor

Parte em alento o desejo incompleto
Do amor que ficou para trás sem fazê-lo predileto
Eu confesso: os pecados são todos teus

Parte como

Vou pra barão de mauá
Com baralho no bolso e um patuá
Vou me encontrar com seu zé
E com ele farrear

Em trabalho eu não boto fé
Trabalhar eu não quero não
Que o coração de mulher
Se ganha é no violão
Seu zé pilintra baiano
Me leva pra qualquer canto
É o p

Caô cabece caô
Ubirajara canta na avenida
O mundo encantado de xangô

Na ilha da assombração
O deslumbramento era geral
Um babalaô de luanda
Ao som do couro reuniu seu pessoal
Doutrinado no encanto e da magia
O povo da ilha cantava em delirante euforia

E to