Numa tarde tão tristonha
Gado uge sem parar
Lamentando o seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Tão valente a cantar

Tengolengotengo

Ê gado Ôiá
ÊÊêêê

Um vaqueiro nordestino, morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido nas quebradas do sertão
Nunca m

No sertão, sob o sol da Borborema.
Numa terra regada a pedra e osso
O lagarto equilibra seu pescoço
Com a cauda apontando a parte extrema
O seu corpo parece um teorema
De incógnitas perdidas na paisagem
Há um corte suspenso nessa imagem
Vertical, fura o Jabre as nuven

sob o sol há inúmeros vivos
pensamentos, palavras e ação
vem do homem quem tende na razão
o que seja matéria espírito
esses vivos percebem seus conflitos
vícios que adquirem no viver
sabiamente quem tenta resolver
trilhará certamente o seu trajeto
e dessa forma o

Maracatú de baque nas ruas de olinda
Linda cidade
Linda menina

Chocalhos batendo trovão
O treme terra passou
Vem descendo, estremecendo
Solto, virado chegou

Lá vem o tocador
Com um batuque de tambor

É pra doar que a festa
É pra doar que a festa
É

Cantador pra cantar beira mar comigo
Tem que saber bem do oceano
Dos seus movimentos não verão encanto
Aprende a livrar-se de qualquer perigo
Além de poeta, sou marujo antigo
Conheço galope na beira do mar

Cantador pra cantar beira mar comigo
Tem que saber bem do oc

Ô de casa ô de fora
Corre lá vai ver quem é
É os cantador de reis
Quem mandou foi São José
São José foi quem mandou
Nesse dia de alegria
São José foi quem mandou
Canto
É que painho rezava o mês de maio todinho.

Seu menino chegou a poeira vai levantar
Seu menino chegou a poeira vai levantar
Seu menino chegou a poeira vai levantar
Seu menino chegou a poeira vai levantar
Quebra menino

Seu menino chegou a poeira vai levantar
Seu menino chegou a poeira vai levantar
Seu menino c

A cabruêra mandou chamar
Os cabras da peste pra se juntar
No meu cangaço tem corda de laço
Tem seda e fumo pra afinar o bumbo.
Tem até arte de couro em retalho,
Pra enfeitar os cabras nesse mei de mundo.
No meu cangaço de cabra macho,
Tem faca e facão pra fazer refrão

Carcará
Lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião

Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando e cantando,

Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará
Come inté cobra queimada

Mas quando che

O nordeste oculto, lendário guerreiro
De todas as crenças, de todos os cantos
Ciganas videntes com seus encantos
De simbologia na voz do vaqueiro
Nordeste secreto, real verdadeiro
Que dança e que ginga na voz popular
Na sua cultura real milenar
Em plemba rupestres, vi

Olha a chuva chovendo a goteira pingando
Mamãe abre a porta que eu tô me molhando
Eu tô eu tô
Tô me molhando

Olha a chuva chuvendo, a goteira pingando (2x)
Ôi mãmãe abre a porta que eu tô me molhando.(2x)

Eu tô eu tô
Tô me molhando (4 x )

Choveu no dia de São José
Pedra de sal derreteu
Vou fazer minha fogueira
Na ciência do meu povo nordestino
Desde que eu era menino
Aprendi com a natureza
Na experiência que só se faz nesse mês
No dezenove do três
Eu já sei se tem colheita

Olha o doce de coco, olha o doce
Eu quero ver o doce de coco
Quero ver pra embolar
O meu carão ainda não cantou
Eu quero ver meu carão cantar
Ele cantou o meu amor chorou
Canta de novo pra meu bem chorar

Ô rosa roseira, ô rosa rosedá

Menina abre essa roda que

Celei meu cavalo, celei
Celei meu cavalo, celei
Celei, celei, celei

Vai meu cavalo, vai
Vai meu cavalo, vai
Vai meu cavalo, vôa
Sem sair desse lugar

Vem meu cavalo branco
De crinas esvoaçantes
Sobre o rochedo alto
Bem de frente para o mar

O forró daqui é melhor do que o seu
O sanfoneiro é muito melhor
As moreninhas a noite inteira
Na brincadeira levanta pó.

É animado ninguém cochila
Chega faz fila pra dançar
E na entrada tá escrito
É proibido cochilar.

A poeira sobe, o suor desce
A gente vê

Quero ver o embolador
Ô de coco mais estranho
Canta coco rebola cor
Que eu sei cantar moderno
Eu cantei eu cantei
Pra você cantar moderno
As meninas se molhando
Eu vou enxugando atrás
Canta coco embola cor
Que eu cantei pra você moderno

laiá laiá laiá laiá (4x)

No cangaço, no espaço,
Nas cidades, nos mocambos onde quer que eu esteja
Em qualquer lugar
Eu sambo
No cangaço, no espaço,
Nas cidades, nos mocambos onde quer que eu esteja
Em qualquer lugar
Eu sambo

Pode brincar, pode se fantasiar

Ginga, ginga cigana auÊ
Ginga, ginga cigana aua
Ginga, ginga cigana auÊ
Ginga, ginga cigana aua
Ginga, ginga cigana auÊ
Ginga, ginga cigana aua
Ginga, ginga cigana auÊ
Ginga, ginga cigana aua

Ginga a cigana contente
Ginga a cigana a bailar
Ginga a cigana

A mata precisa da gente
E a gente sempre precisando dela
Fumaça, fumaça se espalhando
Fumaça, fumaça sufocando
Fumaça, fumaça tão queimando
Fumaça Fumaça
A mata virando carvão
Plantar é alimentar a terra
Purificar o ar