Não sobrou mais tempo pra pensar
E meu comportamento se pautou
Num baque do instinto

Talvez meu signo
Algo muito cru
Fica a gratidão do meu pesar
E meu constrangimento por viver

Sem graça do divino
Sem compromisso
Ainda assim insisto em celebrar
Alguma

Calma, cara, isso é normal
Não se cobre como um super-humano
Não há satisfação pra dar
Cada um é seu próprio demônio

Siga como der
Tropeços vão acontecer
Vale estar de pé mais uma vez
Levante e ande

Calma, cara, isso é banal
Não se gaste por um trem moment

Veio aqui um pouco cabisbaixo
Olhos pouco sábios
A pele seca como o chão batido
Pelos pés do inverno inteiro

Veio que é guerreiro
Eu sem ideia
Como começar um ritual
Com o peito cheio desse devaneio
Como se a rua fosse perdoar

Se eu não levasse a rua a sér

Se unir, separar
Não sei bem o que tenho feito
Como que eu volto daqui
Sem ferir ou pesar

Sem desorganizar meu centro
Nem sei se dá pra voltar
Você nunca me desaponta
Mas o que há de ruim nessa conta
É o que sobra pra mim
Sua distância

Progredir, esper

Nem tudo que eu sei
É culpa do que eu quis
Um tanto bom te diz razão
Um tanto que eu não escolhi

Atua sobre um tempo sempre mais ardido
E soa um som
Um ouvido tão cansado de nem te ouvir
Dizer adeus é fácil

Quando o destino é logo ali
Eu sei que solidão nã

Se é melhor esconder ou mostrar
Quem quiser escolher
É só apontar
A chuva que eu vou chover
No seu corpo disposto vai ser
Festa em A

Se eu andar em teus pés bem perdido
Se eu disser que me faz bem o risco
Você é um belo par de caminhos
Pra eu me ausentar dos

Eu temo que não vai dar certo
Esse plano de se esconder atrás das plantas
Pra suportar um tiro de 12

Meu corpo foi vazado
Feito areia e vento
Até que deu na extrema ponta
E escorregou pra fora do mundo

Pensei, hoje é tão difícil
A gente se ouvir
A gente se

Vim lá de meu Deus sabe lá de onde vim
Vim mais por você sem pensar em ninguém
Talvez tenha pensado em mim

Com o azul do céu e o vermelho do rim
Cheguei mais pra perder
O que eu posso ir sem
Em que pese o que é leve também

E faço sempre o mesmo exercício
Eu nu

Sinto muito
Mas estou indo de vez
Tchau
Seja leve

Comemore essa partida
Foi num dia bem azul
Que eu ouvi dizer

Que as coisas não vão ser assim
Do jeito que se quer
E eu sinto muito
Sobrará um só receio

Que isso vá explodir em cheio
Bem na car

Eu vim aqui ciente de tudo
Corri o risco só
Quem vai produzir esse encontro
Eu insisto
Talvez somos só confusão

Nos guie
Que a gente se arrastou pelos dias
Talvez haja uma solução
Nos diga!

Me disse que assumir o absurdo
Nos torna menos sós
Eu ache

Sei que escolhi
Viver de cá do não
Sem me importar com a sujeira no chão
Do mato que eu vim
A gente não pira em vão
Lá se acorda com o sol
E faz com prazer o mesmo de sempre
E se está grato vivendo o presente
Que surpresa boa
Não haverá mais amanhã
Vamos r