O meu futuro
O meu sossego
A minha bossa
O meu dinheiro
A minha filha
O meu contexto
A minha vida
O meu enterro

O meu balaio de caranguejo

Eu vivo sorridente nos teus braços
Não me importa o que essa gente fala
No colégio, no trabalho, na boate, no bar
e o povo lá de casa
Eu vivo sorridente nos teus braços
Não me importa o que essa gente acha
No colégio, no trabalho, na boate, no bar
e o povo lá de casa<

Quando eu acordo sem os beijos da minha menina
Acordo todos os vizinhos
Dá pra escutar da esquina o meu lamento
É porque dói no peito o medo de ficar
Sozinho.

Faz ela voltar, Deus.
Faz ela voltar e ficar.
Faz ela voltar, Deus.
Faz ela voltar e ficar.

Eu posso até ficar na vontade
Quebrar minha cara, mandar muito mal
Mas não sou covarde
Vou lá
Saber qual é a de mesmo daquela menina
Quem sabe eu dou sorte
Quem sabe o caboclo dela com o meu simpatiza

E não é que bateu
O azul encarnou
E não é que bateu
O

Dormir agora é uma novela
Eu fecho os olhos e quem
Quem me aparece? Ela
Eu sinto o gosto eu sinto o cheiro
me agarro ao travesseiro
Quem, quem me aparece? Ela

Um nome
Uma marca
Uma data
Uma safra
Um parente
Um distante
Um retrato
Um auto
Um esquece e o outro morre
Mas só quem morre sorrindo vai pro céu
Às vezes eu ando mato
Às vezes eu paro e morro
Às vezes nessa província
Eu sinto que os fracos

Cinza
Dia escuro
Ao contrario
solidão
caixão
Vela preta
Samba-violeta
Marcha fúnebre
São teus meus pés
Tuas minhas mãos
Ninguém te ensinou a ser feliz
Ninguém quis ou quer saber da minha dor
Mas nem a covardia nos separa

Meu destino é suicida

Continuo dormindo debaixo da cama
Me escondendo atrás das portas
Mas já suporto você não me suportar
Faz tanto tempo que eu não tenho mais tempo
Meu relógio, Deus o tenha, finalmente parou
Lembranças de nada me servem
Eu não compro nem cigarro com os retratos do meu antig