É A História De Um Velho Gaudério
Que Resolveu Ir Morar Na Cidade
Mas O Que Ele Não Sabia
Que Na Cidade Não Existia, Felicidade!

É A História De Um Velho Gaudério
Que Viva Feliz Sobre Os Montes
Na Cidade Não Conseguiu
Ser Feliz, Pois Da Janela Não Viu, O Horizonte!<

Te Pego Pela Cintura, Linda Criatura
Anjico Do Meu Braseiro
Um Abraço Carinhoso, No Teu Corpo Cheiroso
Meu Pé De Alecrim Campeiro

Só Prá Te Roubar Um Beijo, Matar O Desejo
Do Meu Xucro Coração
Desmanchar A Tua Trança, Te Ver Nua E Mansa
Sob O Pealo Deste Peão

Esses Cavalos Do Mundo, Não São Fáceis De Domar
Potros Que Corcoveiam, Aporreados Me Fazem Lidar
Campo A Fora Lá Se Vão, Corcoveando Em Disparada
Num Tiro De Laço Eu Aparto, Um Ventana Dessa Manada

Sou Domador Por Destino, Enfrento Qualquer Animal
Largo Manso E Marchador, Q

Meu Olhar No Teu, E O Desejo Meu
Não Pude Controlar...
Um Simples Sorriso, Disfarçar Foi Preciso
Prá Êle Não Notar...

Um Amor Proibido, Parece Castigo
Eras Comprometida...
Uma Noite De Amor, Um Perfume, Uma Flôr
Aventuras Da Vida...

Teu Amor Já Tem Dono, Mas U

Eu Boto Fé, Eu Boto Fé!
No Arrastapé Que Tem Muié!

Como Quem Pega Um Colchão
Prá Carregar Em Mudança
Eu Vou Pegar Uma Muié
E Me Desmanchar Na Dança

A Muié É A Razão
Que Faz Um Macho Gemer
Sem Ela Não Tem Motivo
Prá O Bixo Homem Viver
Tem Bonita E Tem F

Lá No Salão Do Cegonha, Nas Bôdas Do Juca Rengo
Eu Me Passei Nos Cunhaques, Que Até Hoje Me Arrependo
Cheguei Metendo Os Encontros, Numa Mulata Fogosa
Bafei No Zuvido Dela, E Ela Gostou Da Minha Prosa

Se Fomos Direito A Sala, Dançando Com Pala E Tudo
Ela Me Errando Bocada,

Eu Quero Que Você Venha Comigo!
Eu Quero Que Você Seja Meu Amigo!

Venha Pro Rio Grande, Que Você Vai Encontrar
Felicidade, Alegria, O Amor Está No Ar
Festança, Mulher Bonita, Com Um Jeitinho De Amar
Que Vai Fazer Você Se Entregar

Tem Fandango, Tem Prendinha
Tem Mo

Hei!, Tchê!, Venha Prá Cá Também
Venha Para O Bando Do Fandango
Que Aqui Tá Tudo Bem!

Mas Que Louco Este Gaiteiro
Rei Do Entrevero, Ele Toca Prá Danar
E Num Toque Bem Maneiro
Chama O Povo Inteiro, Bota A Turma Prá Dançar

E A Festa Continua
Enquanto Tiver Lua,

Andaram Dizendo Que Viram O Bugio Meio Louco No Mato
De Olho Vidrado, Prá Lá E Prá Cá,...Maluco De Fato
Pêlo Arrepiado, Falando Bobagem, Sem Eira Nem Beira
De Cola Erguida, Por Causa Dum Cheiro Vindo Da Fronteira

O Bicho Que Era Bem Calmo E Tranqüilo, Virou Caborteiro
Se Es

Depois Da Lida No Campo, Eu Me Ajeito E Me Pilcho
E Me Largo De A Cavalo, E Só Volto Pro Meu Rancho
Com A Parceria Dos Galos!

Vez Em Quando Me Enrabicho, Dou-Lhe Pata Na Bailanta
No Compasso Da Vaneira, Fandangueando A Noite Inteira
Me Encambicho Com A Percanta!

Desde

Se Bate O Vento No Ôco De Uma Figueira
Canta O Rio Grande Num Lamento De Vaneira
É O Minuano Rondando Trilhas Campeiras
Redemunhando Num Lamento De Vaneira
Se O Galo Canta Lá No Alto Do Oitão
Canta O Rio Grande Uma Vaneira De Galpão
Anunciando Um Novo Dia No Rincão
De

O gemido da carrêta, se ouve longe na terra
Ela leva o sentimento, das coisas do meu rincão
No caminho da carrêta, que passa no pé da serra
Vai transportando lamentos, saudades no coração
Passa no capão de mato, carrega com nó de pinho
Que vai aquecer o ranchinho, queimando n

No Cabelo, Uma Miçanga, Entre Os Seios, Uma Flôr
Nos Segredos Do Olhar, Mil Histórias De Amor
Esta Dama Da Campanha, Muito Amável Companheira
Mata A Sêde Da Peonada, Sempre Vistosa E Faceira
E O Povo Teima Em Chamar De:
Gaviona, China Campeira!

Num Cabaré Beira Estrada,

O Meu Amor Foi Embora, Ai, Ai, Ai, Que Pena!
Deixou Meu Peito Sofrido Na Solidão
A Saudade Dói Demais, Ai, Ai, Ai, Que Pena!
Não Teve Dó Do Meu Pobre Coração

O Ranchinho Está Vazio, Ai, Ai, Ai, Que Pena!
Até O Meu Sabiá Emudeceu
Não Tenho Mais Teu Carinho, Ai, Ai, Ai, Q

Fim De Semana, Me Vou Lá Prá Uruguaiana
Prá Rever A Minha Prenda
Preciso Sair Cedinho, Pois Leva Um Dia Inteirinho
Prá Chegar Lá Na Fazenda

Levo Recuerdos, De Uma Alma Fronteiriça
Que Arranchou Na Capital
Me Comicha Uma Ansiedade, Vou Lá Prá Matar Saudade
E Abraçar

Botei Minha Bombacha Velha, O Pala E O Lenço No Pescoço
E Falei: _ Olha Como Eu Mudei!
Mudaram Meus Valores, As Lembranças Me Causaram Dores
E Falei: _ Filho Como Eu Mudei!

Eu Que Era Um Poeta Xucro
Falava Só Das Coisas Do Meu Rincão
Hoje Eu Moro Longe
Mas Eu Amo A

Dá-Lhe Pata, Meu Cavalo, Tu Já Conhece A Estrada
Dá-Lhe Pata, Meu Cavalo, Pros Braços Da Minha Amada

Na Semana Que Passou, Duzentos Bixos Domei
Dei Um Jeito No Galpào , O Alambrado, Concertei
Percorri Toda A Invernada, Atrás Das Vacas Com Cria
Voltei Louco De Saudade, Dos B

Diz que não me ama, mas não sai da minha cama
Diz sempre que é o fim, mas não desgruda de mim
Diz que o nosso caso, é amizade colorida
Que não tem lugar para o amor em sua vida

Diz que não se importa, que ciúme é besteira
Mas me ver com outra, nem de brincadeira

Eu nã

Me Enfurnei No Galpão, Mas Louco De Invocado
Porque Tinham Me Roubado, O Gateado Da Estima
De Resto Ainda Por Cima, Levaram Meu Doze Braças
E Prá Aumentar A Desgraça, Quebrei Os Pratos Com A China

A Minha Roça De Milho, Cheia De Espiga Novita
Me Bateram As Caturritas, E Esc

Êta! matungo veiaco, bagual gavião por demais
De um lote de aporreados, apartou o capataz
Um mouro cabano arisco, que nem os cachorro acôa
Grita o patrão na porteira, mandei domar esta porqueira
Só prá selim da patrôa

O patrão mee disse isso, e o bicho virou tinhoso
Ber