Para quê?
Tanto sorriso se não vai sobrar
Nem um pedaço pra poder contar
Que esse palhaço pode, enfim,
Guardar algum sorriso pra depois

Que não houver mais nenhum bis
A maquiagem acabar
E retirar o seu nariz

Alegoria em seu chapéu
Esconde o seu lado cruel<

Cantando a saudade
De quem está longe
E nem pode me escutar

Sem olhar pra nada
Encaro a estrada
Um barco louco sem mar

Que quer ir pra longe
Pra ficar mais perto
Do teu cheiro, teu sexo
Pra passar a noite inteira
Com teu carinho,
Amor, nicotina e v

E não importa se acabou fevereiro
Meu carnaval dura o ano inteiro

Vou pelo mundo vagando rumo
Alcançando um destino vagabundo
Me vejo em luta tupinambá
Vingando o ato de civilizar

Quero as estradas e a boemia
Quero a folia dos meus carnavais
Quero um amor pra

Mais que um ar de paz
Que traz ao estar ao seu redor
Já não quero mais olhar pra trás
E me ver só

Vejo as fotografias
Me lembrando que um dia
Já estive mais feliz

Perco na imensa euforia
Minha telepatia quer saber o que você diz
Vem me buscar
Eu não qu

Guido na fila do banco
Já cansado de sempre esperar
Queria jogar tudo pro ar
No pranto
Agora cansou de ser santo

"calma", disse a si, "quero pensar"
O que quero eu nem sei onde está

Foi assim que ele seguiu
Do nada
Se mandou e ninguém viu
Um rapaz ele

Hoje vou amargar após horas depois
Hoje vou amargar
Te ver chorar depois ou ver sorrir.

Faço um dia fraco parecer encantador
Faço as pessoas atraentes como cor
Bárbaros que clamam na taverna meu sabor
Entram na conversa seja sobre o que ela for

Hoje vou amargar

Parei em pares particulares
De filosofia barata, rude, sem noção
Comparando agressão
Falando o que nem sei
Ou não sei se sei
O que diz a lei
O que diz a razão

Alma de cacique
No Pará e no Recife
Nas cores do meu trambique
Eu viro avião
Eu viro um par

Olha ela
Tão jovem, tão bela
De sorriso inocente
Ninguém vai imaginar

Que é uma manequim
Já maquiado
Todo desestruturado
Perto de se desmontar
Esconde atrás de toda roupa
A rotina porra-louca
Que vivia a venerar

Sentindo um gosto
Amargo na boca

Sensual, ilegal, eventual
Já me encaixo nos cachos
Quando viro capacho
Por aí, sinto um bloqueio
Mas salta do seio
Todo meu prazer

Na baderna
Pelas tuas pernas
Que vão deslizando
Na onda moderna

Meu sorriso já de sobreaviso
Que há perigo e é só imp

Palavras,
a distância entre palavras
as dores embreagadas
num compasso a solidão

Estradas,
os rumores das estradas
pra sentir a tua alma
saciar minha paixão

Sentir o medo de estar me entregando
aos seus braços e assim estar errado
um coração que sorri

Noches, esperando roberto
Noches, esperando o meu amor

Te esperei no domingo
Contando as horas para te ver
Abri a cortina, vi as meninas
Que me invejam porque me escolhe
Quando vem querendo se entreter

O meu vestido vermelho
Sob a luz de neon
Vou me pintar

Lá vem amargura
Procurando raiz
Vestida de cura, murmura e me diz
Que jura que minha loucura me faz

Lilás, magia, prazer
Brindando a insanidade
Delírio afinado, pecado
No meu senso nu

E eu bem que via, que havia
Algo incorreto
E pus na forca, aquela mo