Cazêro Rep - Pernoite
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- Veröffentlicht 2024-03-30 00:00:00
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- Cazêro Rep
- Pernoite
- Übersetzung von: panzas
Pernoite
Me silêncio! E no silêncio a noite me ensina
Me distancio do bando e me ponho como aluno
Me vicio em hábitos noturnos
E a cólica renal vem cobrar caro por pagar o néctar que consumo
Garçom, mais estresse em dose dupla nos negócios
Pra eu ser posto em questão quando em família
Que eu faço o que posso pra que gaste em mais trabalho o tempo dado pro ócio
Atrás de versos soterrados vivos sem nem achar um fóssil
Meus olhos tão miúdos e fechados
Que em uma charge seriam apenas riscos
Em excursão from Baker Street do meu bairro arrisco
Enquanto vivenciam se viciam em riscos
Canas se viciam em confiscos e deixar rostos em chapiscos
É, não gosto nem de lembrar
O fato de ser testado quando já estou a me testar
E eu vou te relembrar do que foi dito a todo instante
Por você e por todos, sobre ser ou não relevante
Na madruga a revolta continua
Na madruga o sistema continua
São perdas e ganhos que me vem em sonho
Em madruga em sentido de alerta me ponho!
Na madruga a revolta continua
Na madruga o sistema continua
E não vem o sono mano!
Letra na folha de trás da rima de ontem
Me contém dentro dos nervos de quem eu mesmo pude enfrentar
E quem vem tentar guiar
Sou Castro de Aguiar, mas não fácil de enganar
Na noite eu faço meu abrigo
Vão e vem amigos, laços atam, desatam, quebram tetos de vidro
Alguns se vão por taras, outros se vão por tiros
Madruga nunca falha com seus filhos
De longe eu vejo ali champagne e ofurô
De perto eu vejo lá chumbo e defumador
Ando pela sombra sim senhor
Sempre defendendo meu setor
Ta tudo nos conformes, a rua já ta deserta
Me sinto a vontade por onde for caminhar
Já tá tudo na mente junto com os meus segredos
Decifrando medos pra não se atrasar
Na madruga a revolta continua
Na madruga o sistema continua
São frases, são fases
Ser, não ser idôneo
Desejos de rima no ar eu me ponho
Na madruga a revolta continua
Na madruga o sistema continua
Enquanto componho
Último trago, que isso já até penso em parar
Um calafrio sinistro e o vício insiste em gritar
Mas já não me aguento mais não me ausento mais
Gatuno pela penumbra buscando um ponto de paz
Sinto que sou meu pior inimigo
Não é a vida que escolho, e sim fui escolhido
São muitos cheios de si, outros tantos tão só
Pernoite não é playground, cuidado ao andar só
Tantos rostos se passam, poucos pra mim relevantes
São familiares só não difiro semblantes
Nessas horas que até minha sombra me assombra
Garoa gélida, minha companheira é a insonia
Se desmascara a de quem luta sem garra
Permanecem por aqui só quem nunca se cala
Nessa profissão perigo na senóide me equilibro
Contra anjos e demônios sem dormir me sinto vivo
Na madruga revolta continua
Na madruga sistema continua
São medos, segredos que vou decifrando
Avante minha sede se acumulando
Na madruga revolta continua
Na madruga sistema continua
Acordado em meu sonho!
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