Por que não me deixas?
Só queria poder cuidar-te
Por uns dias ou meses
Quem sabe?

Por que não me deixas?
Em meus ombros deitar-te
Secar tuas lágrimas
Cansadas de tanto rolar

Eu sei é difícil se sentir à vontade
Nesse mundo cruel
Com tanta inverdade

Saias, bandos e cortinas.
Runas, taiós e tambor.
Sinhá tristinha não chore.
Prometo a ti meu amor.

Eu fui andando pelas ruas da cidade, não vi.
Sinhá chorando, com beijo que não veio
Olha pro lado e sorri.

Eu fui andando pelas ruas da cidade, não vi.
Sinhá cho

Porque o silêncio é o disfarce das palavras sem tradução

Me trouxe a primavera, me apresentou o verão
Fez do cinza o amarelo, cantou minha canção
Caminhei sozinho e frio, de cansaço e solidão
Na mala trazia medos, da última estação

Me trouxe a primavera, acalentou o coraç

Tuas cordulias de veludo
Vem com tudo
E a violeta verde escuro
Traz que eu cuido

Que eu quero dançar
Até o sol nascer
Pra gente ver o que há de bom
Não vá cansar
Pode se entorpecer
Dançar no ritmo do som
Bom, bom, bom
Pode voar na luz do som
Bom,

Ascendeu aos céus, sabia protetora
Velha e louca, transgressora
Vida em morte, fez criar
Carne em ossos, fez brotar

Uivava e corria, descalça e desnuda
A doida de outrora desfez-se em muda
Da planta, que queria ser

As tuas rugas, o teu olhar franco
Dançam ao v

Queria que me amasse como eu te amo
E o meu futuro estivesse em teus planos
Pra variar

Queria te guardar uma vez ao ano
Pra te agradar envolver-te em alguns panos
E te ninar, sei lá

Mas tu só me ofereces teu amor degradê
E eu já cansei te esperar bater
Na minh

Se foi além, pode apostar, valia mais de cem
Em meio a poréns, descompassou o caminhar do afronte
Rezou em um amém e ajoelhou pra agradecer aquele dia
Amou sabe quem, e terminou do jeito que sabia

E foi embora prometendo retornar
Epifania fez brotar
Mas só assim que pod

O que te faz sorrir?
Para pra pensar
Café sem leite, sem açúcar ou chá?
Pra ser feliz não importa aonde está
Olha pra dentro pra resposta encontrar

Libertar-se faz crescer
Permitir reconhecer-se aceitar

Se faz sentir não tem porque esperar
Um por do sol, o mar

Pingando
Minha torneira está
Minha geladeira tá vazia
Me diz por que é que se esconde?
E eu não sei onde

Não te procurar
É não te ver
Indecisão é melodia
Quem sabe, enlouquecer
A minha mente nessa fantasia

Enquanto
O tempo não passa
O teu silên

Um palmo a mais que a minha altura
Quando tocou na minha cintura
Fez minha nuca, pé e peruca
Se arrepiar

Os olhos doces como mel
E na cabeça um chapéu
Teu jeito estranho fez minha canção
Desafinar

Menino do trem
Honra a barba que tem
Tu só é feliz comi

Tava’ tudo tranquilo, indiferente
De repente, começou.
Como um raio incandescente
Queimou tudo que tocou.

Tem gosto de liberdade
O frio que faz nessa cidade.
Pensando estou quase louco
Não aconteceu por pouco.

Interpretando mentes
Pensamentos inerentes

Pão nosso, pão de queijo
O meu pão nosso de cada dia tinha que ser
Um pouco de café
E um pouco de você

A gente nasce com direito
De fazer e acontecer
Meu peito é forte
Tô nem aí se vai doer
Aposta em mim e acredita
Aqui comigo tu não tens nada a perder
F

Foi por amor que eu me senti feliz assim
Coincidiu de ter você perto de mim.
A emoção, foi despertar.
Me trouxe você
E assim vou viver
Viver a te amar.

Foi com furor que o vento passou e se fez mostrar
Coincidiu de o nosso castelo desmoronar.
A emoção perdeu-se

Dentro do peito
Bate uma canção
Vai se enamorar
Essa é a intenção

Diga por favor
Se ele escutar
E presta atenção
Esse é o meu jeito de falar

Olha o sujeito
Até que tem sorte
Não tinha onde chegar
Mas galgou um norte

Tenta não morrer
Antes

Criar contradição
Voar pelos ares, ir à Buenos Aires
Sem tirar os meus pés do chão

Ligar uma invenção
Andar por lugares, sozinho ou aos pares
E ao fim viajar em um balão

Passarinhos verdes, pelo ar
Vou virar sereia pra encantar
Pra chegar no espaço, pedalar