Quem se importa?
Mais um dia nasce e é vivido em vão
Se a realidade é só uma opinião
Se a dor é requisito pra existir
Outro coração aflito a sorrir

A vida é mais fácil pra quem acredita ter respostas
Quem vive na dúvida enxerga o que não gosta
Somos todos depressivo

Mais um trago suicida e ele liga a TV
As verdades reprimidas hoje voltam a doer
Aversão a luz do dia e a uma vida morna
E a presença das paredes sempre lhe transtorna

Esse filme eu já vi e o mocinho vai vencer
A tristeza me sorri e eu a beijo com prazer
Estou aprendendo

A memória é uma ilha de edição
Mas não é só ela não

Ninguém viu nosso primeiro beijo no portão de casa
E menti porque eu nunca morei em casa não

Mas é mais bonito que dizer que foi na portaria do meu prédio
E que eu tava embriagada
Minha mão tava suada
E tudo que

Eu observo calada
A minha loucura pacata
Perdi o critério sem querer
Adquiri um ar blasé

A tarde vendo as gotas de chuva na janela
Almoço vendo as formigas andando na minha pele
Eu falo de astros, de cigarro, sei os preços do bar
Mas a manchete do jornal deixei de o

Depois de tantos conflitos
Já não há mais nada a ser dito
Fecho os olhos e respiro devagar

Uma espécie em decadência
Me ensinou a prepotência
Agora, em silêncio, vou me revolucionar

E aqueles que concordam nosso coro vai crescer
Mas com aqueles que discordam eu ta

Deixa a lágrima correr pra regar sua alma
Pro jardim florescer, primavera que acalma
Luz do Sol vai entrar, é a nossa aurora
Deixa o amor te mostrar, é chegada a hora

Escondida atrás de um sorriso desconfiado
Ela tenta encarar mas sempre olha pro lado
Ela cortou suas as