Diga-me
Onde é que tudo acaba
Que onda, que parada vem depois daqui
Creia-me
Eu não entendo nada
Que lado dessa estrada eu devo seguir

Se a mão do acidente
Ou lá no oriente
Onde esta nave vai chegar
Se o vento vem sem direção na encruzilhada
Que luz será

Quando eu tava por cima
Não faltava gente pra filar o feijão
Eu era o rei do cangaço
O dono do pedaço, o senhor da razão
Todo dia presente, um novo amigo por hora
Eu não tinha descanso
Ficava só no balanço
O tempo todo naquele beija-mão

Era festinha pra lá, era

Eu não entendo mais
A paisagem que a tv me cala todos os dias, colando a noite
Uma menina esquálida sem rosto sem telefone
Ou nome que dê alegria a que a viu mas não entende quase nada
Uma janela na cabeça tela plana inteira
O preto e o branco em guerra nas cores de bombas na

Vou cair e morrer em seus braços
Sem pensar nos pecados de nós dois
Até lá vou gritando seu nome
Pra matar essa fome de prazer

O meu sinal não fecha
As luzes piscam sem cessar
Eu prendo o ar no peito
Estou tão perto de chegar

Tanto faz se um cometa passar

Antes que seja tarde
A a gente então se perca
Antes que as ondas venham
E antes que essa lembrança desapareça

Antes que seja tarde
E a dor seja perene
Antes que as cinzas levem
E antes que o frio do inverno fique pra sempre

Antes que a andorinha
Sozinha fa

Sai daí do seu andor
Desce desse arranha céu
Põe os seus pezinhos no chão
Represente outro papel

Cai na real e não pense
Quem tem um reinado morando em você
Quem sabe tudo não fala
Já sabe a palavra que tem que saber
Se me quiseres ferrar lá no fundo do

Venha me pegar
Me bote pra dançar
Que eu tô leve
Não me deixe aqui
Me leve com você
Não me negue

Viro bolinha de sabão
Danço com você no ar
Bife de panela prá você me mastigar
Caio na peneira
Caio até virar farinha fina
Até tomo banho de creolina

Adeus, até um dia
Nem sei se havia alguma chance
Nós dois nunca deu certo
Nem passou perto de um romance
Talvez o tempo acabe
Ou só ele sabe se vai ter fim
Deixar que você passe
E se desenla-ce de mim

Adeus até quem sabe
Nem sei se cabe tanta tristeza
Nó

Escama de peixe
Colírio nos olhos
O trem que nos levou
No largo da Espanha
Uma índia canela
Aroma que tragou

No ar de setembro
O sol catalão
Gaudí nos coloriu
A arte sagrada
A luna encantada
No beco de el calliu

Platéia de livros
Num arco r

Ai, ai, ai amor
Mas que dor tão doída
Ai, ai, ai, queimou
Tudo dentro de mim
Rezo, rezo, e nada del air embora
Se ao menos ela não fosse tão ruim
Ai, ai, ai, amor
Dizem que a dor ensina
Ai, ai, ai, quem sou
Eu para duvidar
Rezo, rezo, mas a cada hora que p

Todo mundo quer um bem
Só falta saber quem
Só falta saber quem
Bem lhe quererá
Só falta saber quem
Só falta saber quem
Só falta saber quem
Bem lhe quererá

Como é bom quando se tem
Só falta saber quem
Só falta saber quem
Quem desfrutará Só falta saber

Verter as margens do rio
Em braços de saudade
Se avizinha a escuridão
Chuviscando em quantidade
Diva, Déia, Deusa
O meu amor dial
O grau do pensamento em você
É tão infinito
Quanto o meu querer

E já não é o mesmo rio
A lua é só metade
As h

Bater com força o pilão
Moer o grão até sangrar
Catar cada reboco do chão
Mover os olhos desse lugar

A vida inteira cabe aqui
Mas a gente esconde a visão
Prá nunca ver quem vai desistir
Quem vai chorar solidão

Remeiro na canoa corta a malha do rio
N

Te amo Te amarro Te amargo Te amalgo
Te alimento das coisas de mim
Meu ninho de concreto
Meu ferro minha algema
Meu amor de cavalo marinho

Quantas almas tu queres
Tantas posso te dar
Abrigo até quando quiseres

Te amo Te amarro Te amargo Te amalgo
Te deito

Vi o clarão da manhã derreter
Cada pedra do meu coração
E então você apareceu
Tinha uma mão oxalufan
Noutra mão um passarinho encantado
Foi assim que tudo aconteceu

Seu acalanto a me guiar pelas ruas estreitas
Desafogando em mim a solidão e a tristeza
Cuida de m

Tire seus pés de caminhãode cima do meu peito
Deixe eu ficar aqui com meus botões
Arranque o dedo da minha garganta que eu não posso respirar
O nosso caso foi tão imperfeito, às vezes sonho, às vezes ilusões
Se o amor foi grande a dor foi tanta não pudemos suportar

A água

O que é que você foi pedir pra nossa senhora?
(O que é que você foi fazer, por nossa senhora?)
Pra que prolongar o sofrimento
Ninguém merece estar ao lado daquele elemento
Mil vezes falei, dê o for a

Ele é só falsidade
Com aquela pose de bacana
Ele só pensa na grana

Olha a cacimba
Bate o olho no espelho da barrenta água vermelha
Que se espalha imaculando o outro eu que vive dentro
Remoendo a dor da gente
Que incendeia o coração prá te fazer chorar

Não fique triste meu amor
Se o mundo ainda é bom
Mesmo que o fel e a flor s

Esquece a razão
Fala comigo
Atende ao sinal telefônico
Eletrônico
Não me deixe à míngua
A te esperar
Meu coração
Parou e eu nem ligo
E nem carnaval poderá fazer
Ressuscitar
Só se você cantar prá mim
E me beijar
Perdoa este teu homem de divã

Não peço desculpas por te amar assim
Você deveria saber que é meu jeito
Quem pode jurar, quem pode julgar
Se amar é também amar os defeitos

Qual é a verdade que existe entre nós
Se nada parece ficar no lugar
O amor é assim, mas sempre no fim
É por onde queremos sabe