Tudo eu quis
Tua boca, teu bolero negro, teu olhar feliz
Eu quis viver
Cantando em tua orquestra de cristal

Igual sinto as curvas da tua paisagem
Entre minhas mãos
E em tuas mãos
Um pássaro sem nome vai cantando sob a luz

Por quantos versos vou te amar
Não

Lateja em tuas veias um sangue de cobra
E tuas pernas bambas dão coice tal cabra
O de ruim que eu possa você só me cobra
Mas vou tirar o teu veneno de cobra

Farei com que a sorte o teu segredo descubra
E nova estrutura fagocite a que quebra
E me apascentarás com teu olh

Démons et merveilles
Vents et marées
Au loin déjà la mer
C’est retiré
Et toi comme une algue
Doucement caressée par le vent
Dans les sables du lit
Tu remues en rêvant
Démons et merveilles
Vents et marées
Au loin déjà la mer
C’est retiré
Mais dans t

Olha mais que gente esquisita desastrada, doida
Desgarrada na vida

Olha mais que gente banida
No começo da festa e marginal de saída

Nunca tem lugar nesse bonde
Já vai longe sem pra onde
Onde seu sonho não come

Moram onde estão
E de repente se vão

Olha

Julia a chanté
Après le match qu'on a gagné
On frappe le vieux ballon
Le but était bien mérité

Julia a passé
Toute la saison a nous supporter
On frappe le bon ballon
Le match ne va jamais basculer

Voilà le championnat
La vie sans faire la guerre
Voici

Luz amarela entrando no meu quarto
Apaga a luz
A luz negra da boate, não me abate
A luz interior é a única

Liga luz branca
Sala de necrotério
Não tem mistério
A luz vermelha do bordel
Nem inferno nem céu
A luz interior é a única

Não sabe mais nem bem como ser
Sempre foi bem melhor assim
Fala mais do que sabe dar
Muito tempo é pior que o fim

Até parece!
Não foi assim
Anoitece
E pensas em mim

Vai não faz tanta hora assim
Já lembrei o que vou fazer
Ainda agora você falou
Cois

Meu sonho
Meu prolongado sonho
Procuro onde você deixou o bom do nosso amor
De trás da porta passa um rio
Procuro em que navio você embarcou

Embarco na alta madrugada
Pergunto onde você passou a mais bonita flor
Que, delicada, conta o fio de um labirinto aberto

O balanço da folha caindo
Bate um coração que só canta tristezas
Pela morena que foi sem voltar
Deixando a saudade no seu lugar
Se durmo sonho com ela
Seu doutor já me disse que não adianta
Usar os remédios que nascem do chão
Pois raiz de planta não cura solidão

Quero que você venha
Venha para mim
Quero que você me abrace
Me abrace apertado assim

Pode me torturar amor
Pode me torturar
Com seus beijos e abraço amor
Que eu não vou me incomodar

Sinto como um pássaro
Quando quer voar
Sinto livre e solto amor
C

Vem que eu estou quase pronto
Vem que o amor vai estar
Vem que a espera se fez mais tranqüila
Vem, eu nem vi e você já está

O tempo passou foi por pouco
Tudo mudou vai mudar
O mundo girando em nossas cabeças
Improvisando uma dança pro sol

E falta pouco pro mês

A graça passa
Passou em Saint-Denis
Eu vi, eu vi Iracema no canal
E mal e bem num não do sol
Na sombra total
Calar, cantar, dançar, dormir
É tudo igual

E mais, e amor
Pedi-a ao Monsieur Antoine Gilbert
Iracema no café
As cartas do velho baralho jogam nos

É pena ver que o dia chegou
Não vou mais dizer pra ficar
Ser mundo inteiro a fim estou
Mas o tempo decide parar

E toda vez que eu te quis
Eu nada perdi
Só meu coração
Que insiste na mala ficar
Sozinho, pois vou lhe falar

Você tem medo de gostar de mim