Nunca se esqueça de onde você vem e o que sonhava ser agora
A gente aprende a luta e sem saber porquê
Não enxergamos nada além

E não tente fugir sem ao menos tentar
É fácil se perder, difícil se encontrar
E a chama no teu peito não pode apagar
Se há algo que te prende d

O céu daqui tem mais estrelas
A noite é bela e disfarça o choro de tristeza e dor
Natureza sopra e vai-se embora, magoada
Enquanto o homem cordial partilha o amor
De tarde aqui tudo é dourado, verde claro e azul anil
Nesse colossal desfile multicor
Essa terra a mão de Deu

Quando a gente já não acredita em nada
Quando tudo então parece desabar
A gente chega a contestar a própria estrada
Então se vai a nossa força pra gritar

A gente se emprenha pra manter a calma
Mesmo quando a tempestade invade a alma
Os dias ruins são pra que os bons val

Se você não sabe qual seu limite
Como vai saber em que lado está?
Se você não sabe seu lado
Como vai saber pelo quê vai brigar?

Pra não perder o pouco de humanidade que ainda nos resta
Se ainda resta

Enquanto a gente sofre inerte, imerso
Pagando o preço da cobiça,

Quando nós temos muita informação, como acontece aqui nas redes digitais
Existe uma tendência da gente filtrar essas informações não de acordo
Se essa informação é certa ou errada

Mas de acordo com a minha vontade de acreditar numa informação
Quando a informação reforça aquilo

Quantos amigos você já deixou para trás?
Quanta gente te amou e você nem lembra mais?
Quanta gente se foi? Tantas foram em vão
E a gente não aprendeu que amar é a solução

A gente briga pra ter mais razão, até acabar a voz
E ninguém sai do lugar

Tentam justificar o ódi

Quanto sangue ainda há de escorrer em nossas mãos?
Ou tabus mais absurdos que herdarão nossos irmãos?
Pra segregar iguais
Qual ideia de utopia podaremos sem pesar?
Qual conceito de verdade absoluta irão usar?
Alguém vai nos salvar?

Quanto mais eu sigo em frente, mais o

Erga essa cabeça, olhe à sua volta
Quantos de nós puderam escolher estar aqui?
De uniforme e dor nas costas
De fone rosto vago no vagão
Que corta a selva de ilusões
Em vão, seguindo as mesmas direções
Enquanto não perdermos tempo tentando mudar essa porra

Ninguém so

E todos os soldados dessa guerra, sem começo, meio, e sim
Já faz muito tempo que eu já vejo o fim
(E o jogo só começou)
Todas as vitórias, os heróis e quem deixamos pra trás?
Chegou a hora da mentira acabar

E esse é mais um novo marco de uma nova divisão
Chegou a hora d

Um último sorriso acalma a dor na alma
É paliativo, é inerente, esse é meu carma
Ferida que eu carrego, sentença não tão justa
Constante é a inconstância do poema vida

Quantas vezes eu sorri mesmo a ponto de explodir
Quantas vezes eu gritei
Parece até loucura, mas afina

Eu tentei, juro que eu tentei
Arrumei outros vícios
Tomei de outros livros
Aprendi que todos são iguais
Mas os sonhos de alguns
Importam menos ou mais

Somos tão iguais

Aqui vai um brinde aos que nos adoecem
Coincidência ou não, são os que nos vendem a cura

Não somos feitos de respostas, onde eu vou ficar?
Andamos certo em linhas tortas, onde é o meu lugar?
Ah, e todas chaves, cadeados, câmeras entre muros altos?
Nos ensinaram a nos afastar

Enquanto todo medo te faz olhar pra trás
Quando morre gente, mais do que se formam casa

Ah, é preciso paciência
Nessa profusão de ideias tão confusas
Saber que a gente fica pouco
O tempo é tão conciso, bem tão precioso
Somos tão sós, somos tão breves

Nessa imensidão de almas tão perdidas
Dispersos nessa vastidão tão cinza
Dessa romaria a gente leva nad

O ar é escasso e esfumaçado
Faunas inteiras vão em vão
Pelo progresso que nos empurram
Como se fosse a salvação

Nós somos terra das mil cores
Mas habitando em selva cinza
E essa quentura que nos assola
Não se transforme em vastidão

Não há futuro nessa indifere

Nós vemos a ganância tão de perto
E já nem surte efeito, entorpecidos, sorrimos
O egoísmo agora é condição e então a gente sente
É tanta autossuficiência, tanta independência
Esse sufoco aperta o peito e a gente sabe, de verdade
Que o afeto é inerente condição

Amar, e v

Muros cada vez mais altos, nós cada vez mais distantes
Onde foi que a gente se perdeu?
Distopia consentida, dissonante melodia
Quando foi que a gente enlouqueceu?

Desfecho crônico, crônica triste
Comédia onde todos nós somos palhaços, então

Se não colocarmos as nossas