Todas manhãs o bonde vila Maria
Para a cidade conduzia
A mocinha do violino
Cheia de pose
Com seu ar de milionária
No meio das operárias
Ela ia pro seu destino

O seu orgulho todo mundo comentava
Diz que ela só se dava com pessoa de futuro
Se perguntavam porq

Já voltou pra Serra Grande, amor
O cantar da juriti, oh! Flor
Porque você regressou, meu bem
Trazendo a felicidade também

Quando você nos deixou e desceu
Quem chorou, quem implorou fui eu
Mas agora que você voltou
A tristeza se acabou

A morena voltou
Serra

Vestida de branco envolta num véu
Meu bem parecia um anjo do céu
Com ela na igreja em frente ao altar
Eu tinha vontades de rir e chorar

Estavam unidos os nossos destinos
Na torre da igreja tocavam os sinos
Com voz tão suave que até parecia
Que compartilhavam da noss

Amigo Heleu, escuta o que te digo
Não pode haver pra mim maior castigo
Do que saber que vives a chorar
Porque a cigana deixou de te amar

Esta mulher que esteve em teu caminho
E que mais tarde não encontre o seu carinho
Também esteve um dia em minha vida
Deixando em

Linda paraguaia
De casar contigo eu fiz juramento
Mas já me disseram
Que teu pai é contra o nosso casamento

Não te desesperes
Pois essa tristeza não se justifica
O amor da gente
Quanto mais custoso mais gostoso fica
O amor da gente
Quanto mais custoso mais g

Eu deixei meu Rio Grande
Lá no sul do meu país
Me arribei por estas bandas
Esperando ser feliz

Hoje aqui longe dos pagos
Da querência e do galpão
A saudade é mais amarga
Do que o próprio chimarrão

Minha china prometida
Eu deixei lá em caxias
Deixei ras

O baião da Serra Grande
Já não ouves minha amada
Hoje vives no asfalto
E a casinha aqui do alto
Já não é nossa morada

Aqui tão perto do céu
Já não há felicidade
Este triste trovador
Que já foi o teu amor
Hoje chora de saudade

Não se escuta mais na serr

Está ficando na moda
Em todas as capitais
Está ficando na moda
Em todas as capitais

O vai vem do suco-suco
Suco-suco vou te ensinar
Ai, ai, ai, ai garota enxuta
Suco-suco vamos dançar
Ai, ai, ai, ai garota enxuta
Suco-suco vamos dançar

No bamboleio gos

Você me deixou por eu ser assim
Um bandoleiro pro mundo sem fim
Viver amarrado é coisa que eu detesto
Pra ser teu marido eu sei que não presto

Ao ver-te casada me sinto contente
E eu te desejo muito ardentemente
Que sejas feliz com teu amorzinho
Pois água passada nã

Oi bate o vento
Oi vira a vela ai, ai
Oi bate o vento
Oi vira a vela ai, ai

Tanta mocinha bonita
Eu aqui vim me casá
Oi bate o vento
Oi vira a vela ai, ai

A noiva que eu arranjei
Tem dinheiro no baú
E já fez um enxovár
Com a casca de um tatu

"Bento Fumaça foi um bandido que viveu no sertão mineiro,
Fazia tudo sozinho não precisava companheiro
No botequim da incruziada, veja o que ele fez um dia
Bateu num pobre de um cego que uma esmola lhe pedia
Bento Fumaça ainda falava pra quem quisesse iscuitá
Que tinha surrad

O home sendo sortêro
Ele canta, ele passeia
Mas se é um casar sem fio
Quarqué coisa remedeia

Veve alegre e satisfeito
Por ter a barriga cheia
Quando aumenta a criançada
O garrão do tár moleia

Já dá de deitá mais cedo
Regulando a sete e meia
Pensando na

Quando eu te conheci
Do amor desiludida
Fiz tudo e consegui
Dar vida à tua vida

Dois meses de aventura
O nosso amor viveu
Dois meses com ternura
Beijei os lábios teus

Porém eu já sabia
Que perto estava o fim
Pois tu não conseguias
Viver só para mim

Há tempos que a vi
Eu a conheci
Ela era linda, um primor de amor
Misto de estrela e de flor

Mas também sofreu
Eu sei vou contar
Pois vi naqueles olhos
Cansados de chorar

Em casa ao chegar
Os três um a um
Ela viu desembarcar
Um estranho tentador

Não tenho nada no mundo
O meu pai me desprezou
Minha mãe morreu tão moça
Minha mulher me deixou

O meu gado na invernada
Veio a peste e matou
Meu café de cinco anos
A geada sapecou

Despois que eu tive essa quebra
Comecei nova empreitada
Eu podei meu caf

Vim dizer-te, meu amigo
Que não concordo contigo
No que tu andas dizendo
A boneca cobiçada
Já não vive abandonada
Pois comigo está vivendo

Tu deixaste a tua vida
Qual uma folha caída
E que o vento carregou
E lhe deste como prêmio
Esse destino boêmio

Quando o dia vem raiando
Nas campinas orvalhada
Minha carreta na serra
Vem gemendo apaixonada

Seu cantar é conhecido
Pela minha doce amada
Que se apronta e vem correndo
Me esperar lá na estrada

Nosso encontro é festejado
Com carícias de amor
Sinto entã

Foi por causalidade
Que nós nos encontramos
Nas ruas da cidade
Aqui onde moramos
Trocamos um sorriso
De amor e de ternura
E foi um paraíso
A nossa aventura
Mas veio a realidade
Mostrar nosso pecado
Nossa felicidade
É coisa do passado
Guardamos a le

Como é doído viver distante de ti Goiás
Sentir no peito esta saudade
Que morde a gente e não larga mais
Lembrando as noites do mês de outubro com seu luar
Teu filho ausente vive cantando
E disfarçando pra não chorar

Vejo em meus sonhos, linda Goiânia teus arvoredos

Eu não sei por que razão (ai, ai, ai)
Meu amor me desprezou (ai, ai, ai)
E deixou meu coração (ai, ai, ai)
Maltratado pela dor (ai, ai, ai)

Eu não sei por que razão (ai, ai, ai)
Meu amor me desprezou (ai, ai, ai)
E deixou meu coração (ai, ai, ai)
Maltratado pela dor