O relógio desperta ás seis da manhã
É hora de acordar
A rotina está só começando
Então é melhor se levantar
Um dia de cão te espera
E a produção não pára
Roubam seu suor a troco de migalhas

Exploração

Você trabalha o mês inteiro
E não tem o que comer
O

Cabelos coloridos
Moicano para cima
Vestindo jeans rasgados
Ela vem pelas esquinas
Bebendo com os amigos
Está sempre se divertindo
Ela vive largada pelos cantos

Não liga para o que pensam
Sempre a condenam
Ela não quer nem saber
Ela não liga pra você

Pelos becos e ruas escuras
Ele vem com uma garrafa na mão
O barulho das correntes anuncia sua chegada
Um herói vindo do subúrbio, um herói como tantos outros

Já não aguenta mais carregar em suas costas,
o peso da repressão

Não acredita no futuro e não espera compaixão

Ele era um punk que estava sempre na xv com seus amigos pedindo esmolas
E ele sempre usava a mesma calça rasgada e uma camisa que dizia anarquia

Joey piolhento
Joey piolhento
Joey piolhento
Joey piolhento

E ele gostava de espancar policiais e militares ou qualquer um

Venda sua liberdade
Para ser aceito
Diga não para sua personalidade
Para ser mais um
Igual a todos os outros
Sem rosto nem identidade
Quem é você afinal?

Você precisa ser mais um número
Um rosto inanimado e nada mais
Que já espera há dias sua hora de ser fel

Ás oito da noite, no horário nobre, o bobo da corte vai ao ar
Todos se sentam em frente á TV para ouvir o que ele tem a falar
Ele te faz rir, te faz esquecer o que acontece ao seu redor
Ele faz palhaçadas, risos e gargalhadas, faz o mundo parecer um conto de fadas

A violência e

Depois de morto e enterrado fui levado a julgamento
Não tenho esperanças, pois sou culpado de vários pecados
Além de blasfemar e roubar dinheiro da igreja,
Não fiz a comunhão e nem sequer fui batizado.

Eu sou um pecador

O paraíso é a recompensa para aqueles que são castos

Cerveja logo de manhã
Nem adianta oferecer café
Eu não quero ficar sóbrio
O que preciso é esquecer

Não há nada que me faça parar
Enquanto houver o que beber, eu vou continuar

Tequila ao meio dia
Para fazer a digestão
O almoço é a caipirinha
E a ressaca é h

O frio da noite na rua XV deserta
Sentados num banco esperamos o dia nascer

E só mais uma noite, não há o que fazer
A garrafa está vazia e eu não consigo esquecer

Não consigo entender essa guerra que vivemos
As avenidas do centro são os campos de batalha

Ao dobrar a